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Aulas em escola sul-africana são suspensas após segregação na classe

A controvérsia surgiu por causa de uma foto que mostra 15 crianças brancas numa mesa e quatro crianças negras em outra

África do Sul: em foto divulgada de sala de aula da escola Laerskool Schweizer-Reneke, crianças sentam-se em mesas separadas pela cor da pele (Face2Face Africa/Reprodução)

África do Sul: em foto divulgada de sala de aula da escola Laerskool Schweizer-Reneke, crianças sentam-se em mesas separadas pela cor da pele (Face2Face Africa/Reprodução)

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EFE

Publicado em 11 de janeiro de 2019 às 09h33.

Johanesburgo- As aulas de uma escola na África do Sul seguem suspensas nesta sexta-feira por conta das acusações de segregação racial no centro, depois de uma imagem de uma sala na qual crianças brancas e negras estão sentadas em mesas diferentes viralizar, o que causou um grande mal-estar no país.

Segundo informou o canal de televisão "Enca", as atividades estão suspensas no centro Laerskool Schweizer-Reneke, situado na província Noroeste, enquanto as autoridades locais investigam o caso.

A polêmica surgiu nesta semana por causa da divulgação de uma foto de uma das salas na qual, durante o primeiro dia de aulas de janeiro, mais de 15 crianças brancas estão sentadas juntas em uma mesa grande, enquanto os quatro alunos negros da classe se sentavam em uma mesa separada.

A imagem foi compartilhada com os pais pelo próprio professor/a encarregado do curso - cuja identidade não foi revelada, embora as autoridades locais informaram que o mesmo foi suspenso - em um grupo de mensagens de celular.

Os alunos pertencem ao grau R (para crianças de entre 5 e 6 anos) e, após a polêmica, a escola alegou que tratava-se só de uma divisão em função dos alunos que sabiam falar africâner.

Os pais dos alunos separados e a comunidade negra da região, no entanto, asseguram que o racismo está fortemente enraizado na zona.

"Tudo o que vi eram mensagens dos pais brancos dizendo 'obrigada, obrigada' (após o envio da foto no grupo de mensagem), mas ninguém dizia nada da separação dos alunos", contou ao portal sul-africano "Times" a mãe de uma das crianças.

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