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Atlanta discute sobre armas após incidente em escola

Homem de 20 anos disparou uma AK-47 em uma escola primária no subúrbio de Atlanta, nos Estados Unidos

Mãe abraça sua filha após tiroteio em uma escola primária no subúrbio de Atlanta nesta terça (Tami Chappell/Reuters)

Mãe abraça sua filha após tiroteio em uma escola primária no subúrbio de Atlanta nesta terça (Tami Chappell/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2013 às 07h41.

Atlanta - Um homem de 20 anos que disparou na terça-feira uma AK-47 em uma escola primária no subúrbio de Atlanta, nos Estados Unidos, tem um histórico de doença mental e ameaçou uma vez em mensagem no Facebook matar seu irmão, de acordo com o advogado do suspeito e a família.

Antoinette Tuff, funcionária da escola, convenceu Michael Brandon Hill a baixar a arma e se entregar depois que ele entrou na escola com 500 cartuchos de munição e brevemente trocou tiros com a polícia. Nenhum estudante ficou ferido no incidente.

A defensora pública Claudia Saari descreveu Hill como tendo um "longo" histórico de problemas de saúde mental. "O senhor Hill está sendo representado por membros da nossa Divisão de Saúde Mental", disse ela.

O tiroteio foi o mais recente envolvendo um atirador que sofre de um problema de saúde mental, o que tem levantado uma discussão sobre se a exigência de apresentar antecedentes é o suficiente para analisar potenciais compradores de armas.

Uma série de tiroteios em escolas dos Estados Unidos também reacendeu um debate público sobre como melhorar a segurança, com alguns defensores de armamentos pedindo mais seguranças armados e treinamento para que professores portem armas.

O incidente em Atlanta na terça-feira ocorreu menos de um ano depois que um homem fortemente armado abriu fogo contra a escola primária Sandy Hook, em Newtown, Connecticut, matando 20 crianças e seis adultos.

Michael Hill foi condenado em julho a três anos de liberdade condicional e obrigado a assistir aulas de controle de raiva devido à ameaça de morte feita contra seu irmão, de acordo com registros do Tribunal do Condado de Henry.


A polícia de Decatur, no subúrbio de Atlanta, e funcionários de escola elogiaram Antoinette por evitar uma tragédia em potencial ao convencer Hill a colocar sua arma no chão e acabar com a situação.

"Ela foi inteligente o suficiente, corajosa o suficiente, teve compaixão o suficiente para impedi-lo", disse o superintendente interino do sistema escolar do condado de Dekalb, Michael Thurmond, à CNN.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, telefonou para Antoinette para "agradecê-la pela coragem que ela demonstrou" enquanto conversava com o atirador, afirmou a Casa Branca.

Em uma gravação de uma chamada para o serviço de emergência divulgada pela polícia, Antoinette pôde ser ouvida conversando calmamente com Hill, garantindo-lhe que desistir era a coisa certa a fazer.

"Vai dar tudo certo querido", ela disse a Hill enquanto ele abaixava sua arma, esvaziava os bolsos e esperava a polícia entrar na escola.

Antoinette, que estava transmitindo mensagens de Hill para a polícia, falou longamente com Hill, dizendo que "todos nós passamos por algo na vida" e explicando como ela tentou cometer suicídio depois que seu marido de 33 anos a deixou no ano passado.

No fim, Hill ficou de bruços no chão para que a polícia pudesse entrar e prendê-lo.

Os alunos da escola voltaram para o prédio nesta quinta-feira pela primeira vez depois do tiroteio, disse um porta-voz do sistema escolar do condado de Dekalb, Quinn Hudson.

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