Últimos ativistas que estavam em embaixada da Venezuela nos EUA são detidos (Jonathan Ernst/Reuters)
EFE
Publicado em 16 de maio de 2019 às 14h41.
Washington — Os últimos quatro ativistas partidários do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que permaneciam no interior da Embaixada da Venezuela em Washington para impedir a entrada dos enviados do líder opositor Juan Guaidó foram detidos nesta quinta-feira pelas autoridades dos Estados Unidos.
"Quatro pessoas foram detidas no interior da embaixada, mas não posso confirmar se foi o Serviço Secreto. É uma violação da Convenção de Viena", disse à Agência Efe a diretora nacional do grupo Code Pink, Ariel Gold, que apoia os ativistas.
O Serviço Secreto americano, que se encarrega da proteção das delegações diplomáticas estrangeiras, confirmou nesta quinta-feira à Efe que agentes executaram ordens de detenção contra "indivíduos que estavam dentro da Embaixada da Venezuela".
O Code Pink é um grupo que faz parte do autodenominado Grupo de Proteção da Embaixada da Venezuela.
Em seguida, um furgão e dois veículos da Polícia deixaram o local, segundo pôde constatar a Efe, e fontes do Code Pink informaram que dois dos ativistas tinham sido retirados da embaixada, mas não puderam confirmar se os outros dois ainda permaneciam no prédio ou se tinham sido também retirados.
Antes que estes fatos ocorressem, o enviado de Guaidó nos EUA, Carlos Vecchio, escreveu em um tuíte: "Fora invasores da nossa embaixada. Acabou a usurpação. Levou tempo e esforço, mas cumprimos nossa obrigação com os venezuelanos. Infinitamente agradecido à diáspora venezuelana pelo seu sacrifício. Próxima libertação: Venezuela".
Fora do prédio, continua um ampla esquema policial com dezenas de agentes da polícia metropolitana e do serviço secreto. As ruas de acesso à porta principal e dos fundos do imóvel foram fechadas pelas autoridades.
Os ativistas tinham tomado a delegação há algumas semanas para evitar que os enviados de Guaidó assumissem o controle da embaixada após a saída dos diplomatas de Maduro.