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Ativistas por direitos LGBT em Bangladesh são assassinados

Os assassinatos, o primeiro ataque deste tipo nesta comunidade no país, ocorreram no interior de uma casa da capital


	LGBT: os assassinatos, o primeiro ataque deste tipo nesta comunidade no país, ocorreram no interior de uma casa da capital
 (Getty Images)

LGBT: os assassinatos, o primeiro ataque deste tipo nesta comunidade no país, ocorreram no interior de uma casa da capital (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2016 às 14h17.

Nova Délhi - Um grupo de homens não identificados assassinou nesta segunda-feira em Daca, capital de Bangladesh, dois membros do coletivo Roopbaan, criador da revista homônima pelos direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT), informaram à Agência Efe diversas fontes.

Os assassinatos, o primeiro ataque deste tipo nesta comunidade no país, ocorreram no interior de uma casa da capital durante a tarde, disse o porta-voz da Polícia local, Marouf Hussain.

Segundo este oficial, uma das vítimas trabalhava para a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

O porta-voz apontou que estão sendo "investigados" os detalhes do ocorrido e disse que é cedo para determinar o motivo do crime, embora não tenha descartado o envolvimento de extremistas islâmicos.

Uma fonte do coletivo que pediu o anonimato indicou que cinco homens invadiram o domicílio de uma das vítimas, que tinham 27 e 40 anos, respectivamente, e eram membros destacados do comitê organizador do Roopbaan.

A fonte confirmou, além disso, que um dos mortos era empregado da USAID e tinha sido ameaçado de morte.

O coletivo foi fundado em 2014 e nesse mesmo ano lançou a primeira revista em linha para a comunidade LGBT de Bangladesh, com a qual promovem seus direitos com atos como o desfile que há dias terminou com quatro detidos na cidade no meio das celebrações do ano novo bengali.

Em Bangladesh, o homossexualismo é estipulado como crime e a seção 377 do Código penal prevê penas de até prisão perpétua, e embora na prática os processos não prosperam nos tribunais, a comunidade sofre contínuos casos de discriminação.

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