Protesto: "essas pessoas (os gays), como todas as outras, desfrutam dos mesmos direitos e liberdades", disse Putin em entrevista coletiva em Amsterdã. (REUTERS/Cris Toala Olivares)
Da Redação
Publicado em 8 de abril de 2013 às 19h26.
Amsterdã - O presidente russo, Vladimir Putin, defendeu na segunda-feira em Amsterdã o tratamento dispensado por seu país aos homossexuais, mas foi confrontado por cerca de mil ativistas da causa gay, tocando música em alto volume e agitando balões rosa e laranjas.
Putin foi recebido na Holanda pela rainha Beatrix e pelo primeiro-ministro Mark Rutte, e viu empresas russas assinarem vários acordos energéticos.
Numa decisão criticada no Ocidente, o Parlamento russo aprovou em primeira votação uma lei que proíbe a "propaganda homossexual" voltada para menores. Mas Putin negou que haja perseguições.
"Na Federação Russa - tanto que isso está claro para todos -, não há infração aos direitos das minorias sexuais", disse ele. "Essas pessoas, como todas as outras, desfrutam dos mesmos direitos e liberdades", disse Putin em entrevista coletiva em Amsterdã.
Muitas casas e pontes no bairro histórico de Amsterdã tinham cartazes e bandeiras do movimento gay.
Antes, na Alemanha, Putin riu de três manifestantes do grupo Femen, que protestava com os seios nus contra a detenção de integrantes da banda punk feminina Pussy Riot. As moças foram afastadas por seguranças que acompanhavam Putin na visita a uma feira comercial em Hanover.
"A respeito dessa performance, eu gostei", sorriu Putin posteriormente, em entrevista ao lado da chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel.
"Não entendi o que elas estavam gritando, nem vi se eram loiras, morenas ou ruivas."