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Ativistas e opositores criticam acordo de migração entre México e EUA

EUA e México fizeram um acordo nesta sexta-feira (7) que suspende as tarifas que Trump ameaçou impor às exportações mexicanas

"Neste acordo, os migrantes servem como moeda de troca", disse o ativista que defende os direitos dos migrantes (Jose Torres/Reuters)

"Neste acordo, os migrantes servem como moeda de troca", disse o ativista que defende os direitos dos migrantes (Jose Torres/Reuters)

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AFP

Publicado em 8 de junho de 2019 às 15h38.

Defensores dos migrantes e políticos da oposição mexicana criticaram, neste sábado (8), o acordo de migração alcançado pelo governo de Andrés Manuel López Obrador com os Estados Unidos, alegando que militarizou a fronteira sul do país.

"Neste acordo, os migrantes servem como moeda de troca. Estão criminalizando o fenômeno migratório. Vão militarizar a fronteira e prender mulheres e meninas", disse Luis Rey Villagrán, ativista que defende os direitos dos migrantes, à AFP.

"É atropelar a soberania nacional", acrescentou.

Na sexta-feira à noite, o México chegou a um pacto com Washington que suspende as tarifas que o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou impor às exportações mexicanas a partir de 10 de junho.

O líder do partido opositor PAN, Marko Cortés, também criticou o posicionamento da Guarda Nacional na fronteira sul.

"Parece que os presidentes usaram o medo de seu povo para chegar a um acordo - México, o (medo) econômico, e os Estados Unidos, o (medo do) migrante, em uma ação judicial, em que o governo mexicano foi forçado a cumprir a implantação de um muro militar no sul", disse ele no Twitter.

Hoje à tarde, López Obrador deve ir à fronteira de Tijuana para celebrar o acordo com os Estados Unidos.

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