Ativistas do Greenpeace em usina nuclear na França: Greenpeace quer que dois reatores de 900 megawatts da Fessenheim, que estão em operação desde 1977, deixem de operar imediatamente (Greenpeace/Reuters)
Da Redação
Publicado em 18 de março de 2014 às 12h10.
Estrasburgo - A polícia francesa prendeu 34 ativistas do Greenpeace na terça-feira que forçaram a entrada em uma usina de energia nuclear explorada pela EDF em Fessenheim, no leste da França, informou a empresa.
Os ativistas penduraram bandeiras na usina, a mais antiga em operação na França, mas a autoridade de segurança nuclear do país disse que os manifestantes não chegaram a entrar em seus edifícios e que a segurança não foi comprometida.
Os ativistas usaram um caminhão para forçar a entrada no local no início da manhã, de acordo com manifestantes do lado de fora. Em seguida, policiais cercaram e entraram na usina.
"A polícia tem 56 ativistas sob controle e 34 foram presos", disse um porta-voz da EDF. "Não houve nenhum impacto sobre a segurança da planta, que continua a funcionar normalmente." O presidente francês, François Hollande, prometeu fechar a Fessenheim até 2016 e reduzir a dependência da França da energia nuclear para 50 por cento dos 75 por cento usados no "mix" de seu abastecimento de energia.
O Greenpeace quer que dois reatores de 900 megawatts da Fessenheim, que estão em operação desde 1977, deixem de operar imediatamente.
"A planta de Fessenheim é um símbolo", disse o ativista do Greenpeace Cyrille Cormier .
"Seu fechamento planejado deve ser o início de uma série de fechamentos de usinas na Europa para limitar os riscos acidentais e financeiros ligados ao envelhecimento (das plantas) e o início de uma transição energética." Os ativistas penduraram uma faixa do telhado da usina e convidaram Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, para se comprometer em uma cúpula da UE na quinta-feira com a geração de energia a partir de fontes alternativas.
Ativistas do Greenpeace têm um histórico de ocupações de usinas nucleares na França. Cerca de 30 foram presos em julho passado depois de entrar na planta de Tricastin da EDF, no sul da França.