A ativista saudita Manal Al-Sharif dirige em Dubai: mulheres não podem dirigir nem viajar para fora da Arábia Saudita sem um homem da família (AFP)
Da Redação
Publicado em 7 de janeiro de 2014 às 08h03.
Riad - Uma ativista saudita apresentou uma denúncia na polícia da cidade de Jidá, no oeste do país, após ter recebido ameaças de morte por telefone depois de ter dirigido um carro alguns dias antes.
Tomader al Yami escreveu em sua conta no Twitter que as autoridades sauditas localizaram o acusado, um jovem de Nayra, no sul do país, e enviaram um telegrama ao coronel da zona para prendê-lo.
A polícia tinha detido a ativista no sábado passado, 28 de dezembro, por dirigir um carro junto a uma amiga. Após o ocorrido, a polícia entrou em contato com seu "mehren" (tutor homem) para obrigá-la a comprometer-se a não voltar a conduzir um carro.
Al Yami, que tem carteira de motorista americana, disse à imprensa saudita após sua detenção que já dirigiu seis vezes em Jidá, e só na última vez teve problemas,
Várias ativistas sauditas lançaram uma nova campanha para incentivar as mulheres a tomar as ruas ao volante e exigir o fim da proibição.
A Arábia Saudita aplica uma estrita interpretação da lei islâmica ("sharia"), que impõe a segregação de sexos em espaços públicos.
As mulheres não podem dirigir nem viajar para fora do país sem um homem da família, entre outras restrições.