Indústria têxtil na China: ritmo de recuperação nos países emergentes é maior do que na Europa (.)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h11.
Londres e Pequim - Os setores manufatureiros de China, Índia e Rússia ganharam força em agosto, enquanto o crescimento desacelerou nas fábricas europeias, enfatizando a desigualdade cada vez maior entre o ritmo de recuperação de países desenvolvidos e emergentes.
As divergências também ficaram evidentes entre as quatro maiores economias da zona do euro, com o setor manufatureiro do bloco em geral registrando a menor expansão desde fevereiro, mostraram pesquisas nesta quarta-feira.
O índice Markit de atividade na zona do euro caiu de 56,7 em julho para 55,1 em agosto, mas subiu em relação à estimativa preliminar de 55,0 e marcou o 11o mês acima da leitura de 50,0 que divide crescimento de contração.
A expansão do setor manufatureiro na Alemanha desacelerou em agosto, apesar de outros dados recentes mostrarem que a maior economia da Europa está crescendo rapidamente. As fábricas aceleraram na França, mas Itália e Espanha viram seus índices recuarem.
"Nós estamos em uma conjuntura delicada no ciclo de negócios mundial. Globalmente, há uma desaceleração no ciclo comercial que afeta primeiro as economias que são dependentes disso", disse Silvio Peruzzo, do RBS.
"Assim como elas se beneficiavam da aceleração no quarto trimestre de 2009 e no primeiro trimestre de 2010, agora estarão sujeitas à desaceleração, e isso vai amplificar a divergência que nós estamos vendo."
Na Grã-Bretanha, importante parceira comercial da zona do euro, o crescimento da atividade manufatureira caiu mais que o esperado, com a expansão mais fraca em um ano das novas encomendas .
Contraste emergente
Por outro lado, pesquisas manufatureiras da China mostraram que a atividade teve um repique no mês passado após a desaceleração arquitetada pelo governo, e as fábricas da Índia mantiveram o ritmo depois de o país registrar o maior crescimento em três anos no último trimestre.
As fábricas da Rússia --parte do quarteto de países do Bric junto com Brasil, Índia e China-- também aumentaram a produção, expandindo-se à maior taxa em 28 meses devido, em grande parte, à demanda doméstica forte.
O índice de gerentes de compra do HSBC para a China subiu para 51,9 em agosto, máxima em três meses, ante 49,4 em julho. O indicador oficial do governo chinês também avançou, de 51,2 para 51,7 .
O indicador do setor manufatureiro indiano recuou para 57,25 em agosto, de 57,6 em julho. A leitura ainda marca o 17o mês consecutivo de expansão do setor, apesar do ritmo ser mais lento
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