Santiago: o ex-militar americano de 26 anos realizou vários disparos na área de recolhimento de bagagem do terminal 2 do Aeroporto de Fort Lauderdale (Amy Beth Bennett/Reuters)
AFP
Publicado em 17 de janeiro de 2017 às 19h12.
A Justiça americana negou nesta terça-feira estabelecer uma fiança para o veterano da guerra do Iraque Esteban Santiago, que permanecerá preso a espera do julgamento pela morte de cinco pessoas em um tiroteio no Aeroporto de Fort Lauderdale, na Flórida.
De acordo com o jornal local Sun Sentinel, a promotoria informou à Corte que Santiago frequentava sites "obscuros" para se comunicar com jihadistas e simpatizantes do grupo Estado Islâmico.
Santiago, que também feriu seis pessoas no ataque de 6 de janeiro, compareceu diante da juíza federal Jurana Snow no tribunal de Fort Lauderdale algemado e com o macacão vermelho dos prisioneiros de segurança máxima.
Por volta do meio-dia de 6 de janeiro, o ex-militar americano de 26 anos realizou vários disparos na área de recolhimento de bagagem do terminal 2 do Aeroporto de Fort Lauderdale, 50 Km ao norte de Miami, antes de se entregar à polícia.
Em seus primeiros depoimentos, Santiago disse aos investigadores que planejou o ataque e comprou apenas a passagem de ida de Anchorage, Alasca, onde morava, até Fort Lauderdale.
Segundo o promotor Ricardo Del Toro, o atirador declarou em "várias ocasiões que realizou o ataque porque o governo controlava sua mente", mas "depois alegou que agiu em nome do ISIS (Estado Islâmico), após participar de conversas de grupos jihadistas" na Web.
Santiago está detido no isolamento da prisão do condado de Broward, sob supervisão por risco de suicídio.