Mundo

Atirador de Copenhague saiu da prisão há semanas, diz fonte

Duas fontes ligadas às investigações confirmaram que o atirador era Omar Abdel Hamid El-Hussein

Flores em Copenhague: ataques deixaram dois mortos e cinco policiais feridos (Soren Bidstrup/Scanpix Denmark/Reuters)

Flores em Copenhague: ataques deixaram dois mortos e cinco policiais feridos (Soren Bidstrup/Scanpix Denmark/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2015 às 15h07.

Copenhague - O atirador que realizou dois ataques em Copenhague no final de semana havia saído da cadeia duas semanas atrás, informou à Associated Press uma fonte próxima às investigações, que disse também que o jovem pode ter se tornado um radical no ano passado.

Duas fontes ligadas às investigações confirmaram que o atirador era Omar Abdel Hamid El-Hussein.

As informações foram fornecidas sob condição de anonimato, já que a polícia ainda não havia identificado o homem, que seria um dinamarquês de 22 anos, embora vários meios de comunicação já tenham divulgado seu nome.

Uma fonte disse à Associated Press que El-Hussein esteve em prisão preventiva por um longo tempo, mas fora libertado duas semanas atrás.

Ele disse também que a autoridade correcional havia alertado o serviço de segurança dinamarquês no ano passado depois de ter percebido mudanças no comportamento de El-Hussein, embora não tenha fornecido explicações.

Os ataques deixaram dois mortos e cinco policiais feridos.

Também nesta segunda-feira, a primeira-ministra Helle Thorning-Schmidt disse não haver sinais de ligação entre os crimes e uma grande rede de terrorismo, embora tenha afirmado que a escolha dos alvos sugere que se tratou de um ato terrorista.

"Não temos indícios, neste momento, de que ele fosse parte de uma célula (terrorista)", declarou ela.

"Mas, obviamente, vamos avaliar nossa luta contra a radicalização. Estamos prontos para fazer muitas coisas."

Os investigadores divulgaram mais informações sobre os movimentos do atirador entre os ataques.

O porta-voz policial Joergen Skov disse que ele visitou um cybercafé na noite de sábado, cerca de seis horas e meia após o primeiro ataque.

A polícia esteve no local no domingo e deteve quatro pessoas, dentre elas dois homens que compareceram ao tribunal nesta segunda-feira.

Os outros dois foram libertados.

O advogado de defesa de um dos suspeitos disse que a dupla é acusada de ajudar o atirador a fugir e de se livrar da arma usada pelo atirador durante a caçada que terminou na manhã de domingo, quando o jovem que realizou os ataques foi morto num tiroteio com a polícia.

Uma da vítimas dos ataques era um cineasta dinamarquês que participava de um evento que discutia liberdade de expressão no sábado.

Nove horas mais tarde, um segurança que foi alvejado na cabeça do lado de fora de uma sinagoga em Copenhague.

Os investigadores divulgaram novas imagens do suspeito e pediram que pessoas que o tenham visto entrar ou sair do cybercafé entrem em contato com a polícia.

"Obviamente estamos interessados em saber se ele estava sozinho e se carregava alto e em que direção foi", disse Skov.

"Eu quero destacar que não se trata de um conflito entre o Islã e o Ocidente", afirmou Thorning-Schmidt.

"Este não é um conflito entre muçulmanos e não muçulmanos. Este é um conflito entre os valores centrais de nossa sociedade e extremistas violentos."

Fonte: Associated Press.

Acompanhe tudo sobre:Ataques terroristasPrisõesTerrorismo

Mais de Mundo

Declaração final do G20 defende taxação de super-ricos e pede paz em Gaza e na Ucrânia

Governo Milei vira destaque no G20 ao questionar declaração final e fechar acordo sobre gás

Biden se atrasa e fica de fora da foto de família do G20

'Não é preciso esperar nova guerra mundial para mudar ordem internacional', diz Lula no G20