Pessoas prestam homenagem às vítimas de ataque na Nova Zelândia: governo promete rigor no julgamento do autor do massacre (Jorge Silva/Reuters)
AFP
Publicado em 19 de março de 2019 às 06h19.
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, prometeu nesta terça-feira que jamais pronunciará o nome do autor do massacre em duas mesquitas em Christchurch, afirmando que o atirador enfrentará "toda a força da lei".
"Enfrentará toda a força da lei na Nova Zelândia", declarou Ardern em sessão extraordinária do Parlamento, que abriu com a saudação Salaam Aleikum ("que a paz esteja convosco").
Cinquenta fiéis foram mortos na sexta-feira, durante as orações da tarde, por um supremacista branco que invadiu duas mesquitas em Christchurch e disparou com um fuzil de assalto, após ter publicado um "manifiesto" racista.
"Com este ato terrorista buscava várias coisas, entre elas notoriedade, por isto jamais me ouvirão dizer seu nome", declarou Ardern.
"Peço a vocês: digam os nomes dos que morreram no lugar do nome do homem que provocou tais mortes. É um terrorista, um criminoso, um extremista, que comigo não terá nome", declarou a premier em Wellington.
O australiano Brenton Tarrant, de 28 anos, foi detido pela polícia sob a acusação de assassinato e segundo Ardern, responderá a mais acusações.
A primeira-ministra prometeu uma reforma na legislação sobre armas na Nova Zelândia, onde o atirador comprou o fuzil de assalto de forma legal.
Ardern também anunciou uma investigação sobre como Tarrant planejou os ataques na Nova Zelândia sem ser identificado pelos serviços de segurança.
"A pessoa que cometeu estes atos não era daqui. Não foi criada aqui. Não encontrou sua ideologia aqui, mas não quer dizer que estas mesmas ideias não existam aqui".