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Atirador comprou na internet armas que usou em atentado na Nova Zelândia

A primeira compra aconteceu no mesmo mês no qual Tarrant obteve a permissão de armas das autoridades do país

Atentado na Nova Zelândia: polícia afirma que primeira compra de armamento utilizado no atentado ocorreu em novembro d 2017 (Martin Hunter/Reuters)

Atentado na Nova Zelândia: polícia afirma que primeira compra de armamento utilizado no atentado ocorreu em novembro d 2017 (Martin Hunter/Reuters)

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EFE

Publicado em 18 de março de 2019 às 07h12.

Christchurch (Nova Zelândia) — O autor do atentado na Nova Zelândia, o australiano Brenton Tarrant, comprou através da internet quatro das armas que utilizou no ataque no qual matou 50 pessoas, confirmou nesta segunda-feira, ,18, o proprietário do negócio.

David Tipple, proprietário da Gun City, disse em entrevista coletiva que vendeu quatro armas de categoria A e munição em três ou quatro operações separadas verificadas pela polícia entre novembro de 2017 e março de 2018.

A primeira compra aconteceu no mesmo mês no qual Tarrant obteve a permissão de armas das autoridades da Nova Zelândia para onde, segundo escreveu em um manifesto, tinha se mudado para treinar para o ataque.

"Não detectamos nada de extraordinário sobre o titular dessa licença de armas", disse Tipple.

O proprietário afirmou que entre as vendas não estavam as armas semiautomáticas que Tarrant utilizou durante o ataque que transmitiu ao vivo através do Facebook.

"Vi o vídeo e vi a espingarda (...) não era de nenhuma das lojas filiadas à Gun City", disse Tipple.

Em comunicado, a Gun City mostrou seu "pleno apoio" ao anúncio da primeira-ministra, Jacinda Ardern, de propor uma emenda à lei de armas e ofereceu sua colaboração para "garantir que qualquer revisão e mudança de legislação evite outro incidente".

Durante a entrevista coletiva, Tipple evitou falar a respeito de considerar que "não é dia para abrir o debate sobre armas" e ressaltou que esta discussão é o que o assaltante almejava.

"Em seu manifesto, ele escreveu que o uso de armas de fogo queria nos dividir. Se permitirmos a ele fazer mudanças na nossa ideologia e comportamento, ele terá vencido", finalizou Tipple.

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