Níveis de pobreza são especialmente altos no sul, região tradicionalmente mais pobre do país, onde quase uma em cada três pessoas enfrenta a pobreza relativa (Marco Di Lauro/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 17 de julho de 2013 às 11h46.
Roma - O número de pessoas vivendo na pobreza absoluta e relativa na Itália aumentou em 2012, especialmente entre as famílias do sul, mostrou um estudo nesta quarta-feira destacando os impactos da maior recessão do pós-guerra no país sobre as pessoas.
Cerca de 4,8 milhões de pessoas, ou 8 por cento da população, agora enfrentam a pobreza absoluta, ou seja, são incapazes de manter o padrão mínimo de vida aceitável, de acordo com o estudo da agência de estatísticas Istat. Esse número era de cerca de 3,4 milhões em 2011.
Outros 9,56 milhões de pessoas, ou 15,8 por cento da população, são relativamente pobres para os padrões italianos, segundo os dados do estudo, acima dos 8,17 milhões de pessoas em 2011.
Os níveis de pobreza são especialmente altos no sul, região tradicionalmente mais pobre do país, onde quase uma em cada três pessoas enfrenta a pobreza relativa, enquanto 11 por cento estão em situação de pobreza absoluta.
Os níveis de pobreza aumentaram principalmente entre as famílias com vários filhos, enquanto pessoas solteiras foram menos afetadas, disse a Istat. As taxas também foram maiores entre as famílias cujo principal mantenedor está desempregado ou trabalha na indústria, ou que incluem duas ou mais pessoas idosas.
A recessão que já dura quase dois anos tem tido um forte impacto sobre os italianos comuns, atingidos por um aumento do desemprego e a diminuição do poder de compra causada em grande parte pelo aumento de impostos que visam reforçar as finanças públicas.
Outro relatório divulgado pelo Istat em maio mostrou que milhões de italianos não podem se dar ao luxo de aquecer suas casas corretamente, tirar férias longe de casa ou comer carne.