Incêndios em Meiktila, no centro de Mianmar: pelo menos uma dúzia de bombas de pouca potência explodiram ou foram desativadas em Mianmar desde a quinta-feira passada (Soe Than Win/AFP)
Da Redação
Publicado em 17 de outubro de 2013 às 14h32.
Bangcoc - Ao menos uma pessoa morreu após duas explosões entre ontem à noite e a madrugada desta quinta-feira na região oriental de Mianmar, em mais um atentado da série que vem ocorrendo no país nos últimos sete dias.
Fontes policiais informaram hoje à imprensa local que os atentados aconteceram em Namkham, no estado Shan.
Pelo menos uma dúzia de bombas de pouca potência explodiram ou foram desativadas em Mianmar desde a quinta-feira passada e causaram três mortes, inclusive esta última, e vários feridos, entre eles um adolescente de 14 anos que, no último domingo, abriu uma bolsa abandonada ao lado de um caminhão em Tharkayta, uma cidade próxima a Yangun.
Na segunda-feira pela noite, uma cidadã americana ficou ferida após a explosão de uma bomba que foi colocada no banheiro de seu quarto em um hotel de Yangun.
A polícia interrogou na quarta-feira três suspeitos e buscava outro.
A chefe da oposição democrática de Mianmar e ganhadora do Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, pediu que a população mantivesse a calma, que tomasse precauções e não se deixasse arrastar pelo caos gerado pelos atentados.
"Sei que a população está preocupada com as bombas, porque são muitas as que foram encontradas ou que explodiram. Estes atos foram planejados para causar a desordem. Temos que manter a mente clara e não nos deixar cair na armadilha que leva ao mau caminho", disse Suu Kyi como presidente do comitê parlamentar para a Estabilidade, a Paz e o Império da Lei, publicou hoje o jornal "Elevem".
A série de atentados acontece num período de reformas rumo à democracia e ao livre mercado em Mianmar, desde a dissolução da última junta militar em 2011, após 49 anos de regimes militares.