Mundo

Atentado suicida contra mercado deixa 17 mortos na Nigéria

A explosão provocou o caos na rua, onde vários veículos batiam, enquanto soldados atiravam e sobreviventes fugiam correndo


	Soldados nigerianos: o ataque aconteceu em frente a uma instalação militar e perto de uma emissora de televisão, segundo a imprensa local (Quentin Leboucher/AFP)

Soldados nigerianos: o ataque aconteceu em frente a uma instalação militar e perto de uma emissora de televisão, segundo a imprensa local (Quentin Leboucher/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2014 às 14h48.

Lagos - Pelo menos 17 pessoas morreram nesta terça-feira na cidade nigeriana de Maiduguri, no norte do país, em um atentado com um carro-bomba contra um mercado da cidade.

"Meus homens contaram 17 corpos minutos depois do incidente", disse o delegado local de polícia Lawan Tanko ao jornal nigeriano "Daily Trust". Segundo a fonte, os corpos teriam sido levados a um hospital próximo.

Por sua vez, fontes médicas falam em pelo menos 30 mortos no ataque contra o mercado, que destruiu 20 veículos.

As primeiras informações falam em um terrorista suicida que teria detonado a bomba do veículo de três rodas que dirigia.

Um guarda de trânsito, vários vendedores de rua e membros de suas famílias e motoristas que passavam pelo local estão entre os mortos.

A explosão provocou o caos na rua, onde vários veículos batiam, enquanto soldados atiravam e sobreviventes fugiam correndo.

O ataque aconteceu em frente a uma instalação militar e perto de uma emissora de televisão, segundo a imprensa local.

A autoria do atentado não foi reivindicada até o momento, mas a imprensa nigeriana aponta o grupo radical islamita Boko Haram como autor do ataque.

Maiduguri é a capital do estado de Borno, considerado sua base espiritual pela milícia fundamentalista, que cometeu vários e sangrentos ataques contra civis na região.

Desde 16 de maio do ano passado, as autoridades da Nigéria realizam uma ofensiva antiterrorista nos estados de Yobe, Borno e Adamawa, no nordeste do país, todos eles em estado de emergência.

A operação foi iniciada após um aumento da atividade do Boko Haram nessa região, embora continue havendo ataques dos fundamentalistas.

O grupo, cujo nome significa na língua local "educação não islâmica é pecado", luta para impor a Lei Islâmica no país africano, de maioria de população muçulmana no norte e predominantemente cristã no sul.

Desde 2009, quando a polícia matou o líder do Boko Haram, Mohammed Yousef, os radicais mantêm uma sangrenta revanche que causou mais de 3 mil mortes, de acordo com o exército nigeriano. 

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaAtaques terroristasExplosõesMortesNigériaTerrorismo

Mais de Mundo

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas

Aerolineas Argentinas fecha acordo com sindicatos após meses de conflito

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA