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Atentado no Egito suspende abertura da fronteira com Gaza

Ataque terrorista provocou a suspensão da esperada abertura temporária da fronteira do país com Gaza, esperada por 30 mil pessoas

Egito: Única saída de Gaza que não é controlada por Israel seria liberada por três dias (Asmaa Waguih/Reuters)

Egito: Única saída de Gaza que não é controlada por Israel seria liberada por três dias (Asmaa Waguih/Reuters)

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EFE

Publicado em 25 de novembro de 2017 às 08h41.

Jerusalém - O atentado de ontem (24) no Sinai, com 235 mortes e considerado o pior ataque terrorista da história recente do Egito, provocou a suspensão da esperada abertura temporária da fronteira do país com Gaza neste sábado, que era esperada por milhares de pessoas, confirmaram à Agência Efe fontes oficiais palestinas.

O diretor da Autoridade de Travessias e Fronteiras da Autoridade Nacional Palestina (ANP) em Gaza, Nazmi Muhana, afirmou que as autoridades egípcias disseram que a abertura da passagem de Rafah foi adiada por causa do ataque de ontem.

Estava previsto que a passagem - única saída de Gaza que não é controlada por Israel e que o Egito abre apenas de maneira excepcional - fosse hoje liberada durante três dias consecutivos, um fato muito esperado por cerca de 30 mil pessoas que estão inscritas em uma lista de espera para sair do território, submetido a um ferrenho bloqueio por Israel há uma década.

O massacre de ontem em uma mesquita frequentada por sufistas na cidade de Arish - capital da província do Sinai do Norte, perto da fronteira entre Gaza e o Egito - matou 235 pessoas e deixou mais de cem ficaram feridas, segundo o governo egípcio, embora o prefeito da cidade diga que o número de mortes foi ainda maior, de 270.

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, condenou o atentado e expressou o desejo de que os crimes "não abalem a vontade do Egito na sua guerra contra o terrorismo".

A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) mostrou também comoção com o que definiu como "brutal assassinato" e rechaçou todos os "atos de terrorismo, violência sem sentido e abuso da religião".

O movimento islamita Hamas também se uniu às condenações e reprovou o atentado "nos termos mais enérgicos".

"Atacar os lugares de oração é uma violação flagrante de todas as legislações religiosas e uma provocação aos muçulmanos de todo o mundo, já que as mesquitas são consideradas lugares sagrados e seguros para os crentes", disse a organização.

O acordo de reconciliação política feito em outubro entre Hamas e o nacionalista Fatah, mediado pelo governo egípcio, e a recuperação gradual do controle de Gaza por parte da Autoridade Nacional Palestina tinha alimentado as esperanças de que a fronteira de Rafah pudesse ser aberta de forma permanente.

Recentemente ela abriu durante três dias, nos quais centenas de pessoas em Gaza atravessaram aquela que, para muitos, é a única saída de um território empobrecido e superpovoado.

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