ATENTADO EM NOTRE DAME: um homem tentou ferir um policial e foi baleado em seguida / Philippe Wojazer/Reuters
Da Redação
Publicado em 6 de junho de 2017 às 18h48.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h55.
Atentado em Notre Dame
Um homem armado com um martelo feriu um policial na entrada da Catredal de Notre Dame, em Paris. O agressor também portava facas, mas foi baleado pela polícia logo depois. Não houve feridos além do policial. Portador de uma carteirinha de estudante da Argélia, o homem tem cerca de 40 anos e agiu sozinho. Segundo o ministério do Interior da França, ele ainda teria gritado “é pela Síria” enquanto atacava, além de se declarar um “soldado do califado”. A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, elogiou o “sangue frio, profissionalismo e calma” dos policiais. Havia cerca de 1.000 pessoas no local, que é um dos principais pontos turísticos de Paris.
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“É pela Síria”
A polícia britânica divulgou a identidade do terceiro dos três terroristas responsáveis pelo ataque que matou sete pessoas e feriu 48 em Londres no último sábado. Youssef Zaghba, de 22 anos, é marroquino e morava com a mãe na Itália. Zaghba estava registrado em uma lista internacional de terroristas ao tentar viajar para a Síria em março de 2016 — na ocasião, ele disse a polícia que ia “tornar-se um terrorista”. Sua mãe afirmou que o jovem foi radicalizado por material na internet e que os outros dois terroristas responsáveis pelo atentado em Londres, Khuram Butt e Rachid Redouane, eram seus amigos.
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May: rasgar os direitos humanos
A premiê britânica, Theresa May, pediu leis mais rigorosas para suspeitos de terrorismo e afirmou que, para isso, é preciso passar por cima mesmo de leis contrárias aos direitos humanos. “Quero sentenças mais longas para pessoas condenadas por terrorismo. Eu quero tornar mais fácil para as autoridades deportar terroristas (…) Se as leis de direitos humanos nos impedirem de fazê-lo, nós vamos mudar essas leis”, disse. May vem sendo pressionada após dois atentados terroristas no Reino Unido nas últimas semanas: o atentado em Londres no sábado e o ataque de um homem-bomba a um show da cantora Ariana Grande no último dia 22. A popularidade da premiê, líder do Partido Conservador, será testada nas eleições gerais desta quinta-feira 8, em que ela precisa obter maioria para continuar no cargo.
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Trump: “o começo do fim do terrorismo”
O presidente americano, Donald Trump, elogiou a ação dos países árabes que decidiram romper relações com o Catar na segunda-feira. Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos e Bahrein alegaram que o Catar “desestabiliza a região” ao apoiar o Irã e grupos ligados ao terrorismo islâmico, e em resposta, Trump escreveu em seu Twitter que sua viagem à Arábia Saudita no último dia 26 de maio “já estava valendo a pena” — na ocasião, o presidente se reuniu com 50 líderes árabes e pediu que os países locais combatam o extremismo islâmico. “Todas as evidências apontavam para o Catar. Talvez seja o começo do fim do horror do terrorismo”, escreveu Trump.
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Boa sorte, Comey
O ex-diretor do FBI, James Comey, depõe na noite desta terça-feira no Congresso americano sobre as reuniões que teve com Trump sobre a relação da equipe do presidente Donald Trump com a Rússia — em uma das conversas, Trump teria dito a Comey para parar de investigar o ex-assessor de Segurança Nacional, Michael Flynn. Horas antes do depoimento de Comey, Trump disse a repórteres que “deseja sorte a ele”. Demitido em maio por Trump, Comey era o responsável pelas investigações sobre a interferência russa nas eleições americanas e também foi responsável por reabrir o caso dos e-mails da democrata Hillary Clinton às vésperas das eleições presidenciais, em novembro do ano passado.
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Os assediadores do Uber
A empresa de transportes Uber demitiu mais de 20 funcionários como parte de uma investigação sobre assédio sexual na companhia. A informação foi anunciada aos funcionários da companhia nesta terça-feira, mas a empresa ainda não fez comentários públicos sobre as demissões. A investigação começou em fevereiro, após a engenheira Susan Fowler acusar a empresa de ignorar acusações de assédio feitas por ela e por outras funcionárias. O caso fez o presidente do Uber, Travis Kalanick, pedir desculpas públicas, afirmando na ocasião que a situação “é repugnante e se opõe a tudo o que o Uber defende e acredita”.