Metrô: enquanto isso, o serviço secreto do Quirguistão informou que tudo indica que um cidadão oriundo do país poderia ser o autor do atentado (Mikhail Ognev/Fontanka.ru/Reuters)
EFE
Publicado em 4 de abril de 2017 às 09h25.
Última atualização em 4 de abril de 2017 às 09h29.
Moscou - O Comitê de Instrução da Rússia (CIR) informou nesta terça-feira que um terrorista suicida foi o responsável por ativar a bomba que matou 14 pessoas ontem em um vagão do metrô de São Petersburgo.
"A bomba foi ativada por um homem cujos restos mortais foram encontrados no terceiro vagão do trem. Sua identidade foi estabelecida", disse Svetlana Petrenko, porta-voz do CIR, a veículos de imprensa locais.
A funcionária assegurou que, para preservar as investigações, será mantida em sigilo a identidade do suposto terrorista suicida.
"Neste momento, os investigadores continuam os interrogatórios e os trabalhos de inspeção, inclusive das gravações das câmeras de segurança", acrescentou Svetlana.
Anteriormente, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que as investigações indicavam que o atentado teria sido cometido por um terrorista suicida, como aconteceu nas ações realizadas em 2010 pelas "viúvas negras" no metrô de Moscou, quando morreram 34 pessoas.
Veículos de imprensa locais informaram ontem que nas imediações do vagão atingido pela explosão foi encontrada a cabeça da pessoa que levava os explosivos presos ao corpo.
O serviço secreto do Quirguistão informou hoje que tudo indica que um cidadão oriundo dessa república centro-asiática poderia ser o autor do atentado.
O suspeito foi identificado por essa fonte como Akbarzhon Dzhalilov, que nasceu no Quirguistão em 1995, mas que posteriormente recebeu a cidadania russa.
Precisamente, este assunto foi abordado hoje em Moscou pelo ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, e seu colega quirguiz, Erlan Abdildaev, que condenou firmemente o atentado.
Contudo, Abdildaev considerou prematuro afirmar que o citado terrorista era membro do Estado Islâmico, e Lavrov acrescentou que seria "cínico" qualificar o atentado de "vingança" pela intervenção russa na Síria.
"O terrorismo é um crime contra toda a humanidade e contra todas as religiões", disse o ministro russo, que também pediu a união das forças contra o terrorismo internacional e o fim da utilização de grupos que o praticam para obter ganhos políticos.
O Ministério da Saúde da Rússia elevou hoje para 14 o número de mortos no atentado, no qual mais de 50 pessoas também resultaram feridas.
Em prevenção a novos atentados, as autoridades reforçaram as medidas de segurança em toda a cidade, assim como na capital do país, tanto no transporte como em edifícios públicos, como em praças, escolas e creches.