Policiais em uma região curda no norte do Iraque: O ataque foi praticado contra membros da milícia Sahwa, criada em 2006 por chefes tribais para combater a Al-Qaeda (AFP/ Shwan Mohammed)
Da Redação
Publicado em 4 de fevereiro de 2013 às 19h15.
Taji - Ao menos 23 pessoas morreram e 44 ficaram feridas nesta segunda-feira em um atentado suicida em Taji, 25 km ao norte de Bagdá, informaram fontes médicas e de segurança.
O atentado causou a morte de 20 integrantes da milícia Sahwa e de três soldados, segundo dados de três hospitais da região de Taji.
O ataque foi praticado contra membros da milícia Sahwa, criada em 2006 por chefes tribais para combater a Al-Qaeda nas regiões sunitas. Eles estavam recebendo seus salários próximo a uma base militar no momento do atentado.
Segundo o prefeito de Taji, Raad Faysal Abas, consultado pela AFP, entre os milicianos atacados havia sunitas e xiitas.
"Este é o pior ataque ocorrido em minha cidade nos últimos dois anos. É horrível. As vítimas são todas jovens que queriam servir seu país", lamentou.
"Nossa cidade vive uma situação instável. Os Sahwa conhecem todo mundo, controlam tudo. São indispensáveis", acrescentou.
Na semana passada, o governo de Nuri al-Maliki decidiu aumentar o salário mensal dos 41.000 integrantes do Sahwa do Iraque de 300.000 dinares (cerca de 350 dólares) para 500.000 dinares (416 dólares).
O ataque de Taji não foi reivindicado, mas os insurgentes sunitas, entre eles da Al-Qaeda no Iraque, realizam regularmente operações de represália contra as milícias, o exército, a polícia e as autoridades políticas.
O atentado de Taji ocorre 24 horas depois de um ataque com carro-bomba seguido de um ataque contra o quartel-general da polícia em Kirkuk (norte), que deixou 30 mortos e 88 feridos.