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Atentado contra católicos na Indonésia deixa 14 feridos neste domingo

Presidente do país classificou o ato como terrorista; no Vaticano, o papa Francisco afirmou que rezou por todas as vítimas da violência

Indonésia: ao menos 14 pessoas ficaram feridas, informou a polícia, sem revelar detalhes sobre o estado de saúde das vítimas (AFP/AFP)

Indonésia: ao menos 14 pessoas ficaram feridas, informou a polícia, sem revelar detalhes sobre o estado de saúde das vítimas (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 28 de março de 2021 às 09h58.

Última atualização em 28 de março de 2021 às 09h58.

Ao menos 14 pessoas ficaram feridas neste domingo em um atentado suicida contra a catedral de Makassar, leste da Indonésia, após a missa do Domingo de Ramos, celebração que marca para os cristãos o início da Semana Santa.

A forte explosão aconteceu do lado de fora da catedral do Sagrado Coração de Jesus, que fica na parte sul das ilhas Sulawesi, às 10h30 locais (0h30 de Brasília).

Ao menos 14 pessoas ficaram feridas, informou a polícia, sem revelar detalhes sobre o estado de saúde das vítimas.

O presidente indonésio, Joko Widodo, "condenou com veemência o ato terrorista".

"O terrorismo é um crime contra a humanidade", afirmou o chefe de Estado. "Faço um apelo a todos para que lutem contra o terrorismo e o radicalismo, que são contrários aos valores religiosos", completou.

As autoridades afirmaram que pelo menos um dos dois responsáveis pelo ataque morreu na explosão.

"Duas pessoas circulavam a bordo de uma motocicleta quando aconteceu a explosão perto da entrada. Os agressores tentavam entrar no complexo da catedral", disse o porta-voz da polícia, Argo Yuwono.

"A moto ficou destruída e há restos mortais. Estamos tentando identificar o sexo dos criminosos", completou.

Imagens exibidas pela televisão indonésia mostram veículos atingidos pelos destroços nas proximidades da catedral, que foi isolada pela polícia.
A explosão aconteceu pouco depois do fim da missa na catedral do Sagrado Coração de Jesus, sede da arquidiocese de Makassar, cidade portuária de 1,5 milhão de habitantes e capital da província de Sulawesi do Sul.

"A missa havia terminado e as pessoas estavam retornando para casa quando aconteceu a explosão", declarou ao canal Metro TV o padre Willem Tulak.

Ele disse que um paroquiano tentou impedir um "homem-bomba" de entrar na igreja.

Uma testemunha citou uma explosão "muito forte". "Havia muitas pessoas feridas em plena rua. Eu ajudei uma mulher ferida e coberta de sangue. O neto dela também ficou ferido".

De acordo com a polícia, um agente das forças de segurança impediu que a moto entrasse no complexo da catedral.

O Domingo de Ramos marca a entrada de Jesus Cristo em Jerusalém, de acordo com a tradição cristã, e representa o início da Semana Santa.

No Vaticano, o papa Francisco afirmou que rezou por todas as vítimas da violência, "particularmente pelas do ataque desta manhã na Indonésia, diante da catedral de Makassar".

As igrejas cristãs são alvos de ataques dos extremistas na Indonésia, país de maioria muçulmana mais populoso do mundo.

Em maio de 2018, uma família de seis pessoas - incluindo duas meninas de 9 e 12 anos e dois adolescentes de 16 e 18 - detonaram bombas contra três igrejas de Surabaya, a segunda maior cidade do arquipélago.

No mesmo dia, uma segunda família detonou, aparentemente por acidente, uma bomba em um apartamento. No dia seguinte uma terceira família cometeu um ataque suicida contra uma delegacia.

Os atentados, que deixaram 15 vítimas fatais e 13 mortos entre os criminosos - incluindo cinco crianças - foram os mais violentos executados no arquipélago em uma década.

As três famílias radicalizadas estavam vinculadas ao movimento extremista Jamaah Ansharut Daulah (JAD), que apoia o grupo Estado islâmico (EI). Os ataques foram reivindicados pelo EI.

Mais de 200 pessoas morreram em 2002 em atentados na ilha de Bali atribuídos ao grupo islamita indonésio Jemaah Islamiyah (JI).

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