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Atenas se prepara para firmar novos acordos com credores

A principal preocupação do FMI, do BCE e da Comissão Europeia é fechar os números deste ano, para que a Grécia encerre o ano com um déficit abaixo dos 9% esperados

O ministro das Finanças grego, Evangelos Venizelos, ressaltou na segunda-feira a necessidade de acelerar as privatizações, atendendo a pedido do FMI (Louisa Gouliamaki/AFP)

O ministro das Finanças grego, Evangelos Venizelos, ressaltou na segunda-feira a necessidade de acelerar as privatizações, atendendo a pedido do FMI (Louisa Gouliamaki/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2011 às 07h45.

Atenas - A equipe técnica formada pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) iniciou em Atenas uma missão para preparar novos acordos com o governo grego.

Segundo a imprensa do país, estes acordos - um memorando de entendimento e um texto que concretiza os detalhes do pacto para o desembolso dos empréstimos estipulados em 26 e 27 de outubro - serão assinados quando os líderes dos três organismos chegarem à Grécia, no dia 12 de dezembro.

A principal preocupação da equipe técnica é fechar os números deste ano, para que a Grécia encerre o ano com um déficit abaixo dos 9% esperados e alcance 1,7 bilhão de euros através de privatizações, aponta a publicação 'Capital'.

No entanto, este último número, muito abaixo dos 5 bilhões acertados há meses com a União Europeia (UE), também parece difícil de atingir.

Devido ao ambiente negativo nos mercados, o único ato destacável neste campo foi a venda de 10% das ações da OTE, a operadora pública de telefonia, internet e telecomunicações, que foram adquiridas pela Deutsche Telekom por um valor de 392 milhões de euros.

O ministro das Finanças grego, Evangelos Venizelos, ressaltou na segunda-feira a necessidade de acelerar as privatizações, enquanto o FMI, em sua reunião para liberar o sexto lance do primeiro pacote de resgate acertado em maio de 2010, pediu à Grécia um novo esforço neste sentido.

Concretamente, exigiu a venda de ativos públicos no valor de 7 bilhões de euros entre 2013 e 2015 como condição para liberar o segundo pacote de resgate, que inclui um novo empréstimo de 100 bilhões de euros. 

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