Ucrânia: ataques russos contra um hospital na região de Sumy deixaram nove mortos (UKRAINIAN EMERGENCY SERVICE/AFP Photo)
Agência de notícias
Publicado em 28 de setembro de 2024 às 10h03.
Nove pessoas morreram neste sábado, 28, em ataques russos contra um hospital na região de Sumy, no nordeste da Ucrânia, segundo anunciaram as autoridades regionais. “O balanço foi estabelecido: nove pessoas morreram e 12 ficaram feridas”, informou a administração regional de Sumy no Telegram.
O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, relatou nas redes sociais que os ataques foram executados pelo Exército russo com drones explosivos do tipo Shahed. “A Rússia está em guerra contra os hospitais, as infraestruturas civis e a vida das pessoas. Apenas a força pode forçar a Rússia à paz", afirmou Zelensky, reforçando que “a paz através da força é o único caminho correto.”
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Segundo o ministro do Interior da Ucrânia, Igor Klimenko, um primeiro ataque "matou uma pessoa" e provocou danos a vários andares do hospital, o que motivou a evacuação do local. “Quando as equipes de emergência e a polícia chegavam ao local, o inimigo voltou a atacar durante a retirada dos pacientes”, completou.
A polícia nacional ucraniana, que inicialmente relatou um morto e um ferido nos bombardeios, mencionou um "ataque cínico" em sua conta no Telegram. O primeiro ataque aconteceu às 4h35 GMT (1h35 de Brasília) e atingiu o hospital, que no momento abrigava 86 pacientes e 38 funcionários, segundo promotores ucranianos.
O segundo ataque ocorreu cerca de 50 minutos depois, enquanto as equipes de emergência e a polícia estavam no local para ajudar na retirada dos pacientes. A polícia divulgou imagens dos danos provocados ao hospital de quatro andares.
Um grupo de voluntários ucranianos, Dobrobat, que ajuda na reconstrução de edifícios, informou em sua página no Facebook que seus integrantes estavam no local no momento do segundo ataque. O grupo divulgou um vídeo que mostra uma espessa nuvem de fumaça, explosões e civis fugindo ao som das sirenes de alarme.
Esses ataques ocorrem em meio à intensificação do conflito entre Rússia e Ucrânia, com alvos cada vez mais voltados para infraestruturas civis, como hospitais e escolas, afetando diretamente a população civil.