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Ataques no Paquistão mataram mais de 2,4 mil pessoas em 2013

Mortes por causa do terrorismo no Paquistão aumentaram 19%


	Carros em chama após atentado em Peshawar, no Paquistão: 61% dos atentados foi realizado por membros da principal facção taleban do país
 (REUTERS)

Carros em chama após atentado em Peshawar, no Paquistão: 61% dos atentados foi realizado por membros da principal facção taleban do país (REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2014 às 13h47.

Nova Deli - As mortes por causa do terrorismo no Paquistão aumentaram 19% em 2013 em relação ao ano anterior e ficaram em 2.451 vítimas fatais, um movimento contrário à tendência de baixa iniciada em 2010, segundo um relatório anual de segurança.

De acordo com o resumo do texto divulgado nesta segunda-feira pelo Instituto do Paquistão para Estudos de Paz (PIPS), em 2013 foram registrados 1.717 atentados, que também feriram 5.438 pessoas, um aumento de 42% em relação ao ano anterior.

Os 2.451 mortos em 2013 em ataques terroristas no país asiático - relacionados com violência sectária, nacionalista ou dos insurgentes talebans - ultrapassaram as 2.050 vítimas de 2012, os 2.391 de 2011 e só ficaram abaixo dos quase três mil mortos de 2010.

A tendência de redução do número de mortos em ataques terroristas começou depois que em 2009, o ano mais sangrento da história do Paquistão com mais de três mil mortes, o exército lançar duas grandes operações militares contra os talebans.

Segundo o relatório, 61% dos 1.717 atentados cometidos em 2013, 46 deles suicidas, foi realizado por membros da principal facção taleban do país, o Tehrik-e-Taliban Pakistan (TTP), e seus aliados.

As ações do TTP mataram 1.418 mortos e feriram 3.408 pessoas.

O PIPS destacou no estudo que a maioria das mortes, 2.113, aconteceram em ataques terroristas na segunda metade do ano, desde quando, em junho, o novo primeiro-ministro do Paquistão, Nawaz Sharif, jurou seu cargo.

As tentativas do governo de negociar com o Tehrik-e-Taliban Pakistan se chocaram com as dúvidas no seio do gabinete de Sharif, com dissidências na insurgência e, finalmente, com o empecilho dos drones americanos.

Em 31 de outubro, exatamente no dia em que o executivo anunciou o início iminente da negociação, o bombardeio de um avião acabou com a vida do líder do TTP, Hakimullah Mehsud, e interrompeu a já titubeante iniciativa de paz. 

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