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Ataques em Israel: Itamaraty diz que há um brasileiro ferido e dois desaparecidos

Segundo o comunicado, até o momento não há registros de brasileiros mortos nas regiões invadidas pelos terroristas

Guerra em Israel: ataques do Hamas começaram neste sábado no sul do país (MAHMUD HAMS/AFP)

Guerra em Israel: ataques do Hamas começaram neste sábado no sul do país (MAHMUD HAMS/AFP)

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter da Home

Publicado em 7 de outubro de 2023 às 16h33.

Última atualização em 7 de outubro de 2023 às 17h29.

O Ministério das Relações Exteriores declarou na tarde deste sábado, 7, que identificou um brasileiro ferido e dois desaparecidos após ataque do grupo Hamas a Israel.

O homem, cuja identidade ainda não foi revelada, está hospitalizado e seu estado de saúde é estável.

"Temos informação de que um brasileiro foi ferido e encontra-se hospitalizado. A Embaixada do Brasil em Tel Aviv está prestando assistência. A embaixada também está buscando contato com outros dois nacionais brasileiros que também estavam no local que foi atacado", informou.

Segundo o comunicado, até o momento não há registros de brasileiros mortos nas regiões invadidas pelos terroristas.

Pela manhã, o Itamaraty também informou que mantem contato com pelo menos 90 brasileiros que vivem na Faixa de Gaza ou nas cidades de Israel na zona de conflito entre  os combatentes israelenses e os palestinos.

De acordo com o Ministério, estima-se que 14 mil brasileiros estejam vivendo em Israel, e outros 6 mil, na Palestina, sendo que grande parte está fora da área dos ataques registrados neste sábado.

Por que o Hamas está atacando Israel?

O Hamas bombardeou Israel na manhã deste sábado, em um ataque surpresa considerado um dos maiores sofridos pelo país nos últimos anos. Foram disparados milhares de foguetes e combatentes invadiram o sul do país por terra, mar e ar, com um saldo de mais de 20 mortos.

As Forças Armadas israelenses responderam com ataques aéreos contra alvos do Hamas em Gaza, e garantiram que também lutavam em solo israelense, perto do enclave palestino.

Mesmo assim, os atritos entre Tel-Aviv e o grupo islâmico começaram há exatos 50 anos, no dia 6 de outubro de 1973.  Durante o feriado judaico do Yom Kippur (Dia do Perdão), o mais sagrado do calendário judeu, uma coalizão de países árabes, liderados por Egito e Síria, atacou forças israelenses na região do Deserto do Sinai e nas Colinas de Golã, territórios anexados à força por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967.

O episódio teve como principal consequência a Crise do Petróleo, que ultrapassou a região e causou estragos no mundo, inclusive no Brasil. O ataque liderado pelo Hamas neste sábado é o maior contra Israel desde então.

Ao longa da semana, os canais de televisão e jornais de Israel exibiram diversas reportagens em comemoração aos 50 anos da vitória na Guerra do Yom Kippur. Naquele período, em 6 de outubro de 1973, o chefe da inteligência militar do país, general Eli Zeira, convocou os principais jornalistas que cobriam assuntos militares para um comunicado urgente, informando que a guerra iria começar no pôr do sol, por volta das 18h.

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