Militante do Estado Islâmico: agência oficial de notícias do regime sírio informou que a força aérea síria realizou dezenas de bombardeios contra posições do EI (foto/Reuters)
EFE
Publicado em 12 de novembro de 2017 às 15h23.
Cairo - Pelo menos 50 pessoas morreram nas últimas 36 horas em ataques aéreos e de artilharia no leste da província de Deir ez Zor, na Síria, desde que o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) recuperou seu último reduto no país árabe em uma contraofensiva.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) informou neste domingo que metade dos mortos são menores de idade, vitimados por ataques "de vingança" das forças governamentais e de seus aliados nos arredores da cidade de Al Bukamal, que o EI conseguiu recuperar das mãos de seus rivais ontem.
Um grupo de 25 civis, dos quais 15 são crianças e quatro mulheres, morreu num ataque supostamente lançado pelas milícias iraquianas que integram a coalizão Multidão Popular, e apoiam as tropas sírias em Al Bukamal, contra um campo de deslocados na região de Al Sukariya.
Além disso, 14 pessoas, três delas crianças, morreram em bombardeios contra um acampamento em Al Safafiya, e nas localidades da Al Abbas, Al Marashda, Subeikhan e Abu Hamam.
Outras cinco pessoas morreram, entre elas duas crianças e duas mulheres, em um ataque contra um ponto utilizado pelos moradores para cruzar o rio Eufrates na região da Al Sousse, e outros seis em ataques registrados em Al Ramadi.
Os bombardeios aéreos e o fogo de artilharia também deixaram dezenas de feridos e o número de mortes pode aumentar, já que muitos dos feridos estão em estado grave e há pessoas desaparecidas, segundo o OSDH.
Os bombardeios se tornaram mais intensos nas últimas horas para conter a contraofensiva que os terroristas lançaram anteontem contra o exército sírio, que na quinta-feira tinha anunciado a tomada de Al Bukamal.
A agência oficial de notícias do regime sírio, "Sana", informou que a força aérea síria realizou dezenas de bombardeios contra posições do EI a oeste de Al Bukamal, deixando "dezenas de mortos e feridos entre os terroristas", mas não especificou quem controla a cidade neste momento.