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Ataques contra polícia matam 8 pessoas no Paquistão

Mais de 30 pessoas ficaram feridas


	Oficiais de segurança e equipe de resgate coletam pistas no local da explosão, no Paquistão: no ano passado houve mais de 1,7 mil atentados no país
 (REUTERS/Fayaz Aziz)

Oficiais de segurança e equipe de resgate coletam pistas no local da explosão, no Paquistão: no ano passado houve mais de 1,7 mil atentados no país (REUTERS/Fayaz Aziz)

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Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2014 às 06h52.

Islamabad - Dois ataques cometidos no noroeste do Paquistão, que tinham como alvo as forças de segurança, causaram a morte de oito pessoas, entre elas cinco policiais, além de ferimentos em dezenas, informaram nesta terça-feira à Agência Efe fontes de segurança.

O ataque mais recente aconteceu por volta das 8h locais (0h de Brasília) na cidade de Charsada, quando uma motocicleta bomba ativada por controle remoto explodiu durante a passagem de um furgão policial e matou três civis, segundo Bilal Ali, um agente da cidade.

O atentado aconteceu em um bazar e provocou ferimentos em mais de 30 pessoas, entre elas nove policiais.

O primeiro ataque ocorreu pouco antes da meia-noite local (16h de Brasília da segunda-feira), quando homens armados abriram fogo contra outro furgão policial nos arredores da cidade de Peshawar, muito próxima a Charsadda e capital da província de Khyber-Pakhtunkhwa.

Na troca de tiros morreram dois agentes e vários ficaram feridos, o que provocou a chegada de ambulâncias e equipes de resgate, que também foram alvo dos homens armados, que mataram outros três policiais.

O incidente ocorreu no subúrbio de Badaber, cenário habitual de ações da insurgência talibã, segundo um responsável policial de Peshawar.

A província de Khyber Pakhtunkhwa faz fronteira com o Afeganistão e serve de refúgio para células talibãs, grupos jihadistas e organizações mafiosas que operam em ambos os lados da divisa com o país vizinho.

Os ataques das últimas horas aconteceram uma semana depois que o principal grupo talibã do país, o TTP, decretou o fim da trégua que mantinha desde o início de março como parte do processo de diálogo com o governo paquistanês.

As conversas, iniciadas em fevereiro, não tiveram resultados significativos e foram marcadas pela evidente falta de confiança entre as partes e a continuação da atividade insurgente por parte de grupos ligados ao TTP.

Após o fim do cessar-fogo dos talibãs, o governo decidiu manter as vias de diálogo abertas com o cada vez mais reticente apoio do Exército, que é favorável a soluções militares para deter a insurgência.

Segundo um recente relatório do Instituto Paquistanês para Estudos da Paz (PIPS, sigla em inglês), no ano passado houve mais de 1,7 mil atentados no país asiático, 61% deles cometidos pelo TTP e seus aliados, que causaram a morte de cerca de 2,5 mil pessoas, um número 19% maior que em 2012. 

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