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Da Redação
Publicado em 14 de março de 2014 às 12h08.
Bamako - Ataques aéreos franceses nas montanhas do norte do Mali mataram o militante islâmico Oumar Ould Hamaha, um jihadista com uma recompensa de 3.000 dólares do governo dos Estados Unidos por informações que levassem à sua captura, disse uma fonte militar do Mali nesta sexta-feira.
Hamaha, conhecido como "Barba Ruiva" por causa de seus bigodes tingidos de hena, tornou-se uma figura importante de liderança na coalizão islâmica que tomou o controle do norte do Mali em abril de 2012, depois de disputas entre grupos muçulmanos armados no Sahara, na última década.
Uma ofensiva militar liderada pela França, lançada em janeiro de 2013, reduziu o domínio dos militantes ligados à Al Qaeda no norte do Mali, mas pequenos bolsões de islamitas continuaram a operar na região de vasto deserto.
Uma fonte militar do Mali afirmou que a morte de Hamaha ocorreu nas montanhas Tigharghar, no nordeste do Mali, perto da remota cidade de Kidal.
"Isto é o que os serviços de inteligência nos disseram ontem. Ele foi morto por ataques aéreos franceses no Tigharghar", disse a fonte.
Hamaha era um membro de longa data da Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI), o braço do grupo no norte-africano, e um colaborador próximo do veterano jihadista argelino Mokhtar Belmokhtar.
De acordo com a recompensa oferecida pelo programa "Recompensas por Justiça" do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Hamaha tinha participado de sequestros de vários estrangeiros, incluindo o diplomata canadense Robert Fowler, no Níger, em 2008.
Durante o governo de 10 meses dos islamitas no norte do Mali, Hamaha se tornou um porta-voz do Movimento para a Unidade e Jihad no Magrebe Islâmico (MUJWA, na sigla em inglês) que impôs a rigorosa lei sharia em sua cidade natal de Timbuktu. Militantes da região cortam as mãos de ladrões e açoitam mulheres.