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Ataques aéreos em Aleppo estão suspensos há 7 dias, diz Rússia

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, no entanto, afirmou foram registrados bombardeios contra um bairro controlado pela oposição

Síria: a Rússia descartou na segunda-feira a possibilidade de renovar o cessar-fogo em Aleppo (Ammar Abdullah/Reuters)

Síria: a Rússia descartou na segunda-feira a possibilidade de renovar o cessar-fogo em Aleppo (Ammar Abdullah/Reuters)

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AFP

Publicado em 25 de outubro de 2016 às 09h07.

Os aviões russos e sírios não realizaram nenhum ataque aéreo em Aleppo nos últimos sete dias, mesmo com o fim da trégua, no sábado passado, afirmou nesta terça-feira o governo de Moscou.

"Durante os últimos sete dias, todos os voos das Forças Aéreas russas e sírias foram completamente interrompidos. Os aviões não estão se aproximando da cidade cidade e não realizam ataques", afirma em um comunicado o porta-voz militar Igor Konashenkov.

A ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), no entanto, afirmou que ao final da trégua humanitária, sábado às 16H00 GMT (14H00 de Brasília), foram registrados bombardeios contra o bairro de Sheikh Saeed, controlado pela oposição.

Os seis corredores para a retirada de civis das zonas controladas pelos rebeldes na zona leste de Aleppo, habilitados na quinta-feira passada, permanecem abertos, de acordo com o porta-voz russo.

Por estes locais passaram 48 mulheres e crianças na segunda-feira à noite, de acordo com Konashenkov.

A Rússia descartou na segunda-feira a possibilidade de renovar o cessar-fogo em Aleppo. O país admitiu que poucas pessoas usaram os corredores humanitários para abandonar a cidade e atribuiu a situação a erros da coalizão liderada pelos Estados Unidos.

Os planos de bombardeio de russos e sírios foram suspensos na terça-feira passada, antes do início do cessar-fogo. A Rússia é uma aliada chave do governo sírio e começou a apoiar o presidente Bashar al-Assad com uma intervenção militar em setembro.

O ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid Muallem, se reunirá com o chanceler russo Sergei Lavrov em Moscou na sexta-feira.

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