Visão geral dos prédios danificados pelo que os ativistas dizem ter sido um ataque aéreo das forças leias ao presidente Bashar al-Assad em Alepo, na Síria (Hosam Katan/Reuters)
Da Redação
Publicado em 24 de fevereiro de 2014 às 17h40.
Amã - Ataques aéreos contra cidades controladas por rebeldes em toda a Síria mataram 26 pessoas nesta segunda-feira, disseram ativistas, dois dias depois de o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas aprovar uma resolução exigindo o fim do bombardeio indiscriminado e de ataques aéreos.
O conflito de quase três anos na Síria se agravou, apesar das negociações de paz que começaram em Genebra no mês passado e da aprovação da resolução na ONU, um raro momento de unidade entre o Ocidente e a Rússia, maior apoiadora do presidente sírio, Bashar al-Assad.
Duas mulheres e 10 crianças estavam entre os mortos em ataques aéreos do governo na cidade de al-Neshabieh, na periferia leste de Damasco, perto de uma estrada de ferro que marca a linha de frente entre combatentes islâmicos e as forças de Assad apoiadas por militantes do libanês Hezbollah, e na província de Homs, ao norte.
"Dois ataques simultâneos atingiram Neshabieh primeiro. Pessoas estavam puxando os corpos de uma mulher e seus dois filhos de uma casa quando os aviões voltaram e atingiram a multidão, matando outras nove", disse o ativista Abu Sakr à Reuters no local.
Ele afirmou que o fogo de artilharia de um batalhão baseado no aeroporto de Damasco e na cidade vizinha de Mleiha então atingiu a cidade. Cinquenta pessoas ficaram feridas no bombardeio combinado, segundo ele.
Fotos tiradas por ativistas, supostamente em um hospital de campo na área, mostraram o corpo de uma menina coberta por um manto branco, e os corpos decapitados de vários homens. A Reuters não conseguiu verificar de forma independente as imagens.
"Nós mal conseguimos levar os corpos antes do ataque de artilharia", disse Abu Abdo, um trabalhador de resgate no hospital de campanha.
Na província de Homs, ativistas relataram ataques aéreos sobre al-Hosn, uma cidade sunita perto do castelo Krak dos Cavaleiros em um vale principalmente habitado por cristãos, que em grande parte ficaram à margem do conflito entre Assad e os rebeldes.
A Comissão Geral da Revolução Síria, um grupo de oposição, disse que seis pessoas foram mortas no ataque a al-Hosn. Imagens mostraram os corpos de duas pessoas no meio dos escombros, um dos quais foi identificado como sendo de uma mulher.