Pessoas chocadas com ataque em Bangladesh: maioria dos 20 mortos pelos militantes no restaurante eram estrangeiros, segundo porta-voz do Exército (Mohammd Ponir Hossain/Reuters)
Da Redação
Publicado em 2 de julho de 2016 às 10h49.
Dhaka - Com a padaria Holey Artisan na parte de baixo e o restaurante O'Kitchen em cima, esse estabelecimento em Dhaka, Bangladesh, com amplas janelas e vista para um belo gramado, sugere um oásis em uma cidade cada vez mais perigosa.
Essa ilusão acabou às 21h (horário local) de sexta-feira, após homens armados terem entrado pela porta do local que vende profiteroles e pizzas para a elite de Dhaka.
“É um lugar elegante: diplomatas, homens de negócio e políticos se encontram aqui”, disse Agnese Barolo, esposa do conselheiro de assuntos internacionais do primeiro-ministro de Bangladesh. "Acordos comerciais foram decididos, discussões políticas aconteceram aqui.”
Em Bangladesh, onde houve recentemente notícias de grupos jihadistas concorrentes ameaçando de morte liberais, minorias religiosas e outros, esse era, segundo ela, um lugar especial.
Ainda não está claro o impacto mais amplo que a chacina - que deixou 20 civis, dois policiais e seis agressores mortos - terá na vida e nos negócios do país do sudeste asiático, que depende de investimentos estrangeiros e de um setor de exportação de vestuário de 26 bilhões de dólares.
O Banco Mundial já havia alertado anteriormente que a militância poderia tirar Bangladesh dos trilhos em direção a se tornar um país de renda média. A maioria das 20 pessoas mortas pelos militantes no restaurante eram estrangeiros, de acordo com um porta-voz do Exército.
Um representante do ministério do Interior relatou que, segundo sobreviventes, os militantes disseram aos locais para ficarem fora do caminho.