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Ataque em Londres foi alerta a firmas de tecnologia, diz polícia

Comissário da Polícia de Londres, Craig Mackey, afirmou que as empresas devem evitar a circulação de conteúdo extremista na internet

Craig Mackey : "esse tipo de incidente e os outros que vimos na Europa são provavelmente um alerta para a indústria em termos de tentar entender o que significa colocar a sua própria casa em ordem" (Eddie Keogh Livepic)

Craig Mackey : "esse tipo de incidente e os outros que vimos na Europa são provavelmente um alerta para a indústria em termos de tentar entender o que significa colocar a sua própria casa em ordem" (Eddie Keogh Livepic)

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Reuters

Publicado em 29 de março de 2017 às 10h40.

Londres - O ataque que deixou quatro mortos em Londres foi um "alerta" para as empresas de tecnologia colocarem a casa em ordem a fim de evitar a circulação de conteúdo extremista na internet, disse nesta quarta-feira o comissário interino da Polícia Metropolitana de Londres.

Os comentários feitos por Craig Mackey surgem após pedidos de políticos para que empresas de tecnologia, sediadas principalmente os Estados Unidos, cooperem mais com as autoridades.

"Eu acho que esse tipo de incidente e os outros que vimos na Europa são provavelmente um alerta para a indústria em termos de tentar entender o que significa colocar a sua própria casa em ordem", disse Mackey à assembleia do Comitê de Policiamento e Crime de Londres.

O governo britânico e uma série de marcas conhecidas no país, como a Marks and Spencer, já suspenderam os anúncios digitais na Alphabet, dona do Google, antes mesmo do ataque de Londres, porque os anúncios estavam sendo exibidos junto com vídeos contendo mensagens homofóbicas e antissemitas na plataforma do Youtube.

Desde então, Verizon Communications e AT&T seguiram o mesmo caminho. A ação levou o Google a se desculpar publicamente e a revisar as práticas de publicidade.

A polícia de Londres já tem uma unidade especializada destinada a remover material extremista do ar, mas Mackey afirmou que a "internet nunca foi desenvolvida para ser policiada dessa forma".

Autoridades britânicas também exigiram que as empresas de tecnologia façam mais para permitir que a polícia tenha acesso a comunicações de smartphones, após relatos de que Khalid Masood teria usado mensagens criptografadas via WhatsApp antes de avançar com o carro alugado sobre pedestres na ponte de Westminster e esfaquear um policial na área do parlamento.

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