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Ataque dos EUA destrói ponte e limita ação do EI em Mosul

Militantes jihadistas vêm recuando continuamente de áreas ao redor de Mosul e entrando na cidade

Ofensiva para tomar Mosul está se transformando na maior batalha no Iraque depois da invasão dos EUA para derrubar Saddam Hussein em 2003 (Azad Lashkari/Reuters)

Ofensiva para tomar Mosul está se transformando na maior batalha no Iraque depois da invasão dos EUA para derrubar Saddam Hussein em 2003 (Azad Lashkari/Reuters)

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Reuters

Publicado em 22 de novembro de 2016 às 11h26.

Bagdá / Genebra - Forças dos Estados Unidos que apoiam tropas do Iraque que tentam retomar Mosul das mãos do Estado Islâmico realizaram um ataque aéreo a uma ponte que cruza o rio Tigre, restringindo os movimentos dos militantes entre as partes leste e oeste da cidade, disse uma autoridade norte-americana nesta terça-feira.

A força governamental Serviço de Contraterrorismo, treinada pelos EUA, está aprofundando sua incursão no leste de Mosul, a última grande cidade sob controle do grupo sunita ultrarradical no Iraque, enquanto unidades da polícia e do Exército, milícias xiitas e combatentes curdos a cercam pelo oeste, sul e norte.

Os militantes vêm recuando continuamente de áreas ao redor de Mosul e entrando na cidade, mas os avanços iniciais do Exército diminuíram à medida que os extremistas se entrincheiraram, usando os mais de um milhão de civis da localidade como escudos, movendo-se através de túneis e atingindo tropas avançadas com homens-bomba, franco-atiradores e disparos de morteiro.

Cinco pontes cruzam o rio Tigre, que atravessa Mosul. Todas elas têm minas e armadilhas explosivas instaladas pelos militantes que tomaram a cidade dois anos atrás, quando varreram o norte do Iraque e declararam um califado em partes do país e da vizinha Síria.

Apesar de tê-las minado, até agora os radicais têm conseguido usar as pontes que ainda não foram destruídas pelos ataques aéreos.

O coronel da Força Aérea John Dorrian, porta-voz da coalizão liderada pelos EUA sediado em Bagdá, disse nesta terça-feira que um ataque aéreo derrubou a ponte número quatro, que fica no extremo sul, nas últimas 48 horas.

"Este esforço impede a liberdade de movimento do Daesh em Mosul, inibe sua capacidade de reabastecer ou reforçar seus combatentes através da cidade", explicou, usando o acrônimo árabe do Estado Islâmico.

O general de brigada iraquiano Yahya Rasool, porta-voz do comando de operações conjuntas dos militares, não pôde confirmar a ação aérea, mas disse que todas as pontes que cruzam o rio foram minadas pelo grupo radical.

Um mês atrás, um ataque aéreo norte-americano destruiu a ponte número dois, no centro da cidade, e uma quinzena depois outro ataque derrubou a ponte número cinco, ao norte, mas a Organização Internacional para as Migrações (OIM) expressou o temor de que a derrubada das pontes possa obstruir a retirada de civis.

A ofensiva para tomar Mosul, iniciada cinco semanas atrás, está se transformando na maior batalha da turbulenta história iraquiana desde a invasão encabeçada pelos EUA que derrubou Saddam Hussein em 2003.

Os militares iraquianos estimam que o número de combatentes do Estado Islâmico na cidade é de cerca de 5 mil. Diante deles está uma coalizão de cerca de 100 mil membros das forças do governo de Bagdá, combatentes curdos e unidades paramilitares xiitas.

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