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Ataque dos EUA à Síria traria destruição de Israel, diz Irã

Chefe da Guarda Revolucionária do Irã disse que um ataque militar dos EUA contra a Síria levaria à "iminente destruição" de Israel e um "segundo Vietnã"


	Sobreviventes na Síria: Irã culpou os rebeldes pelo suposto ataque com armas químicas em 21 de agosto, quando centenas de civis morreram
 (REUTERS/Bassam Khabieh)

Sobreviventes na Síria: Irã culpou os rebeldes pelo suposto ataque com armas químicas em 21 de agosto, quando centenas de civis morreram (REUTERS/Bassam Khabieh)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2013 às 09h29.

Dubai - O chefe da Guarda Revolucionária do Irã disse que um ataque militar dos Estados Unidos contra a Síria levaria à "iminente destruição" de Israel e seria um "segundo Vietnã" para os EUA, segundo uma agência de notícias iraniana.

O Irã, muçulmano xiita e arqui-inimigo de Israel, apoia o presidente sírio, Bashar al-Assad, contra os rebeldes principalmente muçulmanos sunitas que tentam derrubá-lo em uma revolta que já dura dois anos.

O Irã culpou os rebeldes pelo suposto ataque com armas químicas em 21 de agosto, quando centenas de civis morreram. Ativistas de oposição culpam as forças de Assad, no que Washington concorda e o presidente Barack Obama considera o caso suficiente para justificar um ataque militar limitado contra a Síria, em resposta ao uso de armas químicas.

Mohammad Ali Jafari, comandante da poderosa Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, disse em uma entrevista na noite de quarta-feira à agência de notícias Tasnim que um ataque dos EUA contra a Síria não ajudaria Israel.

"Um ataque à Síria significará a iminente destruição de Israel", disse Jafari, de acordo com a Tasnim.

A entrevista foi amplamente replicada pela mídia iraniana nesta quinta-feira. A Tasnim, inaugurada em 2012, diz em seu site que se dedica à "defesa da Revolução Islâmica contra a propaganda negativa da mídia".

De acordo com a Tasnim, Jafari também alertou os Estados Unidos sobre o risco de se envolverem em uma luta cara e demorada caso intervenham na Síria.

"A Síria vai se transformar em um campo de batalha mais perigoso e mortal do que a Guerra do Vietnã, e na verdade, a Síria se tornará o segundo Vietnã para os Estados Unidos", disse.

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