Desde meados de março passado, a Síria é palco de revoltas populares contra o regime, que tiraram a vida de 1.554 civis e de 369 soldados das forças de segurança (AFP)
Da Redação
Publicado em 1 de agosto de 2011 às 06h28.
Síria - O Observatório Sírio para os Direitos Humanos e a rede Observando os protestos na Síria informaram da morte nestas três cidades de dezenas de pessoas e de centenas de feridos, sem especificar o número exato.
Por sua vez, os Comitês Locais de Coordenação identificaram cinco vítimas fatais em Hama, mas indicaram que o número de mortos é muito mais elevado.
A operação militar em Hama começou ao amanhecer, quando os tanques do Exército entraram na cidade no meio de um forte tiroteio.
Em 1982, Hama foi testemunha de um massacre perpetrado pelo regime de Hafez al Assad, pai do atual presidente, para achatar um levantamento islamita que causou entre 10 mil e 40 mil mortos.
Quanto à cidade de Deir el Zor, a rede Flash indicou que cinco pessoas morreram após disparos das forças da ordem nas últimas horas.
Os tanques rodearam a mesquita de Tuba nesta cidade, que é utilizada pela população como hospital de campanha, e proíbem a entrada e saída do templo.
Além disso, o número de vítimas chega a seis em Herak, na província meridional de Deraa, onde foi convocada um protesto em massa, que as forças da ordem tentaram dispersar com disparos.
Também na província de Rif Damasco, o Exército se desdobrou em várias localidades para executar uma ampla campanha de detenções na qual foram detidas uma centena de pessoas.
Segundo disse à rede de televisão Al Arabiya o presidente da Organização Nacional para os Direitos Humanos na Síria, Ammar Qurabi, as autoridades sírias intensificaram seus ataques porque é o último dia antes do Ramadã.
O regime do presidente Bashar al Assad teme que durante o mês sagrado muçulmano sejam organizadas manifestações maciças após a oração.
Desde meados de março passado, a Síria é palco de revoltas populares contra o regime, que tiraram a vida de 1.554 civis e de 369 soldados das forças de segurança, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos. EFE