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Ataque do Boko Haram deixa ao menos 18 mortos e 84 feridos na Nigéria

Um porta-voz disse que as pessoas foram assassinadas quando tentavam escapar da troca de tiros entre rebeldes e militares

Nigéria: a região está 'cercada' por um muro de areia para evitar uma incursão do grupo jihadista (Ahmed Kingimi/Reuters)

Nigéria: a região está 'cercada' por um muro de areia para evitar uma incursão do grupo jihadista (Ahmed Kingimi/Reuters)

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AFP

Publicado em 2 de abril de 2018 às 09h04.

Um ataque do grupo islamita Boko Haram em Maiduguri, a maior cidade do nordeste de Nigéria, deixou 18 mortos e 84 feridos no domingo à noite, anunciou nesta segunda-feira a agência local de gestão de emergências (SEMA).

"No momento registramos 18 corpos nas áreas de Bale Shuwa e Bale Kura (na periferia de Maiduguri)", afirmou à AFP Benlo Dambatto, diretor da SEMA.

"As pessoas foram assassinadas quando tentavam escapar da troca de tiros entre rebeldes e militares", disse.

"Agora seguimos para outro bairro da periferia, onde dois homens-bomba foram mortos pelo exército antes de um ataque", completou Dambatto.

O ataque aconteceu por volta das 20H30 locais (16H30 de Brasília) de domingo. Os combates entre o exército e o grupo jihadista duraram quase uma hora, segundo fontes militares.

Os combatentes tentaram realizar uma ação na capital do estado de Borno com um ataque a uma base militar na entrada da cidade, com homens-bomba e armas de fogo, disse um oficial que pediu anonimato.

"Dezoito (combatentes) chegaram a pé para atacar a base, enquanto sete homens-bomba atacaram os civis em Bale Shuwar e Alikaranti", disse a fonte.

Maiduguri, cidade quase três milhões de habitantes, incluindo milhares de pessoas deslocadas pelo conflito no país, está 'cercada' por um muro de areia para evitar uma incursão do grupo jihadista.

Mas os combatentes conseguiram escalar o muro, explicou Ba'Kura Abba Ali, membro das milícias civis que lutam ao lado do exército.

"Durante mais de uma hora excutamos grandes explosões e tiros na cidade", afirmou à AFP Ibrahim Gremah, morador de Maiduguri.

A última tentativa de incursão na capital do estado de Borno, berço da seita islamita radical, acontecera na semana do Natal.

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