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Ataque de pistoleiros deixa ao menos 32 mortos na Nigéria

Fortemente armados e em cima de motocicletas, os integrantes do grupo invadiram ontem a cidade de Kizara, em Zamfara, e começaram a disparar indiscriminadamente


	Nigéria: com uns 170 milhões de habitantes integrados em mais de 200 grupos tribais, a Nigéria, o país mais povoado da África, sofre múltiplas tensões.
 (Getty Images)

Nigéria: com uns 170 milhões de habitantes integrados em mais de 200 grupos tribais, a Nigéria, o país mais povoado da África, sofre múltiplas tensões. (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2013 às 12h45.

Lagos - Pelo menos 32 pessoas morreram e diversas ficaram feridas depois que um grupo com cerca de 150 pistoleiros invadiu uma cidade do norte da Nigéria, informou nesta quarta-feira a agência de notícias nigeriana "NAN", que citou fontes policiais.

Fortemente armados e em cima de motocicletas, os integrantes do grupo invadiram ontem a cidade de Kizara, em Zamfara, e começaram a disparar indiscriminadamente contra a população. De acordo com as testemunhas, os pistoleiros, que incendiaram casas e comércios, chegaram com intenção de matar.

O delegado da polícia de Zamfara, Usman Gwary, que chegou a visitar o local após a ação, confirmou o número de vítimas e ressaltou que já mobilizou seus agentes para identificar os agressores.

No entanto, até o momento, nenhum grupo assumiu a autoria do ataque, embora essa ação seja parecida com as já realizadas pela seita radical islâmica Boko Haram.

Zamfara não se encontra entre os estados do norte da Nigéria em que o governo decretou estado de emergência para combater os milicianos do Boko Haram, grupo que já assassinou cerca de 3 mil pessoas desde 2009, segundo números do Exército nigeriano.

No último domingo, pelo menos 11 pessoas foram mortas em um suposto ataque do Boko Haram a uma escola da cidade de Damaturu, capital do estado de Yobe, um dos territórios do norte afetado pelo estado de emergência.

O grupo fundamentalista, cujo nome significa "educação não islâmica é pecado" na língua local, luta supostamente para impor a lei islâmica no país africano, de maioria muçulmana no norte e preponderância cristã no sul.

Com uns 170 milhões de habitantes integrados em mais de 200 grupos tribais, a Nigéria, o país mais povoado da África, sofre múltiplas tensões por causa de profundas diferenças políticas, socioeconômicas, religiosas e territoriais. 

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