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Ataque de Nairóbi está prestes a acabar, segundo exército

Forças de segurança quenianas estavam prestes a acabar com operação no shopping de Nairóbi onde está entrincheirado desde sábado um grupo islamita, diz Exército


	Tropas do Quênia dentro do shopping Westgate tentam controlar um ataque islamita: os terroristas estão fugindo e se escondendo, mas não têm escapatória", diz ministro
 (Nichole Sobecki/AFP)

Tropas do Quênia dentro do shopping Westgate tentam controlar um ataque islamita: os terroristas estão fugindo e se escondendo, mas não têm escapatória", diz ministro (Nichole Sobecki/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2013 às 13h12.

Nairóbi - As forças de segurança quenianas estavam prestes a acabar com a operação no shopping de Nairóbi onde está entrincheirado desde sábado um grupo islamita, integrado por pessoas de diferentes nacionalidades, segundo o exército.

"Acreditamos que a operação está prestes a acabar", disse o ministro do Interior, Joseph Ole Lenku, antes de informar que a operação das forças quenianas deixou até agora dois mortos entre os integrantes do comando e vários feridos.

"Temos o controle de todos os andares (do centro comercial), os terroristas estão fugindo e se escondendo, mas não têm escapatória", acrescentou.

Fortes explosões e intensos tiroteios eram ouvidos no interior do shopping Westgate de Nairóbi.

Uma grande coluna de fumaça preta saía do edifício, cercado por soldados e pelas forças de segurança quenianas. Várias ambulâncias se dirigiam ao centro comercial, segundo um jornalista da AFP.

Até o momento o balanço é de 62 mortos, segundo a Cruz Vermelha queniana, que revisou seus números, que durante a manhã registravam 69 mortes e 63 desaparecidos.

Por sua vez, o comandante do exercito do Quênia, Julius Karangi, afirmou que os membros do grupo que atacaram o centro comercial "vêm de diferentes países", falando, por isso, de "terrorismo mundial".

No entanto, um suposto comandante do grupo islamita somali Al-Shebab, vinculado à Al Qaeda, negou nesta segunda-feira à BBC que existam ocidentais ou mulheres entre os membros do comando.

Segundo imagens captadas por câmeras de segurança às quais o jornal queniano The Standard teve acesso, uma dúzia de criminosos invadiram o centro comercial Westgate no sábado.

As imagens confirmam a versão das testemunhas de que um comando islamita, armado com granadas, rifles e pistolas, invadiu o shopping por duas entradas distintas.


A maioria dos criminosos entrou pela porta principal, lançando granadas e atirando contra clientes de uma cafeteria.

Outro grupo entrou na galeria comercial pelo estacionamento, disparando contra um guarda antes de se dirigir aos andares superiores, onde uma rádio local organizava uma festa.

Logo depois de entrar, os islamitas lançaram duas granadas contra a multidão, mas apenas uma explodiu.

De acordo com testemunhas citadas pelo jornal, os islamitas forçaram as pessoas que estavam no centro comercial a recitar ao menos o início da Shahada, uma fórmula pronunciada pelos fiéis muçulmanos. Os que eram incapazes de fazê-lo eram mortos a sangue frio.

Segundo omesmo jornal, o grupo que invadiu o local pela entrada principal seguiu logo depois aos andares superiores do shopping.

As imagens das câmeras de vigilância também mostram os criminosos atirando contra as portas dos banheiros, depois de supostamente terem descoberto que muitas pessoas estavam refugiadas nos sanitários.

Depois, uma parte do grupo se dirigiu ao cinema do centro comercial, enquanto outra parte tomava o controle de um supermercado dentro do edifício.

Em uma declaração publicada na internet, o porta-voz dos shebab, Ali Mohamud Rage, ameaçou matar os reféns diante da pressão exercida contra eles por "Israel e outros governos cristãos".

"Autorizamos os mujahedines do interior do edifício a realizar ações contra os prisioneiros", disse.

Forças especiais israelenses chegaram no domingo para apoiar as forças quenianas, indicou à AFP uma fonte que pediu o anonimato.

Segundo um funcionário israelense, este seria, sobretudo, um apoio logístico, e não no combate.

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