Violência: a Somália vive em estado de guerra e caos desde 1991 (John Moore/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 20 de abril de 2015 às 06h14.
Mogadíscio - Pelo menos seis pessoas morreram nesta segunda-feira e quatro ficaram feridas em um ataque contra um veículo das Nações Unidas em Garowe, capital da região semiautônoma somali de Puntlândia, informaram à Agência Efe fontes da ONU.
O micro-ônibus estava estacionado em frente à porta da sede da Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO) quando explodiu.
Entre as vítimas estão um funcionário estrangeiro da ONU, informaram fontes de segurança da organização.
Os quatro feridos foram levados ao hospital e dois deles se encontram em estado crítico.
Outras fontes contatadas pela Efe na organização na Somália elevam o número de mortos a 11.
"Condeno o ataque desta manhã contra a ONU em Garowe. Comovido e consternado pela perda de vidas", disse o representante especial da ONU para a Somália, Nicholas Kay, em sua conta no Twitter.
Embora o ataque ainda não tenha sido reivindicado, tudo aponta para que poderia se tratar de uma nova ação do grupo jihadista somali Al Shabab.
Ontem mesmo, pelo menos 13 soldados que viajavam em um comboio da Missão da União Africana na Somália (Amisom) morreram em um ataque reivindicado pelo Al Shabab no sudoeste do país.
Al Shabab, que em 2012 anunciou sua adesão formal à Al Qaeda, luta para instaurar um Estado islâmico de cunho wahhabista na Somália.
A Somália vive em estado de guerra e caos desde 1991, quando foi derrubado o ditador Mohammed Siad Barre, o que deixou o país sem um governo efetivo e nas mãos de milícias radicais islâmicas, "senhores da guerra" e bandos de delinquentes armados.