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Ataque contra quartel na Caxemira indiana mata 18 soldados

A Índia acusou o Paquistão de permitir e promover o acionar em seu território de grupos terroristas que têm como finalidade atacar território indiano


	Caxemira: grupos políticos de extrema direita organizaram manifestações contra o Paquistão
 (Danish Ismail/Reuters)

Caxemira: grupos políticos de extrema direita organizaram manifestações contra o Paquistão (Danish Ismail/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2016 às 09h56.

Nova Délhi - O número de soldados mortos no ataque à base militar de Uri, na Caxemira indiana, subiu para 18 com a morte de um dos feridos, e a cúpula do governo indiano, com o primeiro-ministro, Narendra Modi, à frente, se reuniu para analisar a situação.

O Comando do Norte, organismo vinculado ao Exército da Índia, confirmou em sua conta no Twitter a morte do soldado Vikas Janardhan no R&R Hospital, em Nova Délhi, para onde ele foi levado após a ação, que aconteceu ontem de madrugada.

Um dia depois do pior ataque em mais de dez anos contra uma base militar na conflituosa Caxemira, Modi presidiu uma reunião com a presença dos titulares dos principais ministérios e militares do alto escalão, incluindo o chefe do Exército, Dalbir Singh.

Eles analisaram a situação da segurança nas áreas do país que fazem fronteira com o Paquistão, país ao que ontem o ministro do Interior, Rajnath Singh, responsabilizou do ataque e chamou "Estado terrorista".

Após a reunião, o vice-ministro das Relações Exteriores e ex-chefe do Exército, V.K. Singh, pediu cautela ao decidir a resposta militar ao ataque e advertiu que "a ação deve acontecer sem influência das emoções e da ira".

Apesar de reconhecer que as Forças Armadas devem se manter em "alerta", Singh considerou em declarações à imprensa que os próximos passos devem ser decididos pelo governo.

De acordo com as primeiras investigações realizadas pelo Exército indiano, os quatro insurgentes que realizaram o assalto a Uri, base situada perto da linha de controle (LoC, fronteira de fato), faziam parte de um grupo associado ao movimento terrorista Jaish-e-Mohammed (JeM) e usavam artigos de "marcas paquistanesas".

Enquanto isso, em Nova Délhi, grupos políticos de extrema direita organizaram manifestações contra o Paquistão, continuando com os protestos que se repetem desde ontem em diferentes pontos do país.

O ataque aconteceu em meio a uma onda de protestos violentos na região, que nos últimos dois meses e meio causaram pelo menos 85 mortes e mais de 10 mil feridos, centenas deles com lesões oculares, incluindo cegueira total, como consequência de balas de chumbo para conter aos manifestantes.

A Índia acusou reiteradamente o Paquistão de permitir e promover o acionar em seu território de grupos terroristas que têm como finalidade atacar território indiano. Os dois países mantêm uma histórica briga pela região da Caxemira que lhes levou a livrar duas guerras e vários de conflitos bélicos menores.

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