Terrorismo: o estado de Borno é uma das regiões mais castigadas pelo terror do grupo jihadista Boko Haram (Afolabi Sotunde / Reuters)
Da Redação
Publicado em 19 de setembro de 2016 às 11h29.
Abuja - Pelo menos oito pessoas <a href="https://exame.com.br/topicos/mortes"><strong>morreram </strong></a>em um ataque perpetrado supostamente por <a href="https://exame.com.br/topicos/terroristas"><strong>terroristas </strong></a>do <a href="https://exame.com.br/topicos/boko-haram"><strong>Boko Haram</strong></a> nas imediações de uma igreja no nordeste da <a href="https://exame.com.br/topicos/nigeria"><strong>Nigéria</strong></a>, informaram nesta segunda-feira os meios de comunicação nigerianos.</p>
O ataque ocorreu ontem na cidade de Kwamjilari, no estado nortista de Borno, quando um grupo de homens armados começou a disparar contra os fiéis que tentavam entrar em uma igreja.
"Alguns fiéis estavam nos arredores da igreja e os homens armados abriram fogo e mataram oito pessoas", contou Luka Damina, residente local, ao jornal nigeriano "Vanguard".
No entanto, acrescentou, o número de mortos não é definitivo porque algumas testemunhas viram como muitas pessoas feridas fugiam para a floresta.
"Os agressores também atearam fogo nas casas e campos de milho que estavam quase prontos para a colheita", explicou outro residente de Kwamjilari, cidade situada cerca de 30 quilômetros de Chibok, onde em abril de 2014 o Boko Haram sequestrou mais de 200 meninas.
O estado de Borno é uma das regiões mais castigadas pelo terror do grupo jihadista Boko Haram, que luta por impor um Estado islâmico na Nigéria.
Apesar de ter perdido em ofensiva do Exército nigeriano boa parte dos territórios que controlava, em 2015 o Boko Haram ampliou sua zona de operações ao lago Chade, área difícil de controlar pela porosidade das fronteiras entre Nigéria, Camarões, Chade e Níger, onde cometeu dezenas de atentados suicidas.
Nos mais de seis anos que dura o conflito, os jihadistas assassinaram 12 mil pessoas segundo estimativas governamentais -embora outras fontes dobrem esse número- e obrigaram mais de 2,5 milhões de pessoas a fugir de seus lares.