Munique - Um jovem afegão que atacou passageiros com um machado em um trem na Baviera entrou na Alemanha no verão local passado com uma leva de imigrantes, disseram autoridades nesta terça-feira, despertando mais questionamentos sobre a política de portas abertas a refugiados da chanceler alemã, Angela Merkel.
O jovem de 17 anos, que uma testemunha disse ter gritado "Allahu Akbar" (Deus é grande) durante o ataque, feriu gravemente quatro moradores de Hong Kong no trem na noite de segunda-feira e machucou uma moradora local. Ele foi depois morto a tiros pela polícia.
O caso deve aprofundar os temores de ataques dos chamados "lobos solitários" na Europa e pode representar uma pressão política sobre Merkel, que acolheu centenas de milhares de imigrantes em seu país no ano passado.
O agressor chegou à Alemanha como um menor desacompanhado e foi registrado como refugiado no dia 30 de junho do ano passado em Passau, informaram autoridades.
A Alemanha recebeu cerca de um milhão de imigrantes em 2015, muitos fugindo de guerras no Afeganistão, na Síria e no Iraque.
"Nas mentes de muitas pessoas, sua chegada está ligada diretamente a Merkel e suas políticas de refugiados liberais", disse Frank Decker, cientista político da Universidade de Bonn.
O ataque ocorreu dias depois de um motorista a bordo de um caminhão matar 84 pessoas avançando contra uma multidão em uma avenida à beira-mar de Nice, cidade da Riviera Francesa. O Estado Islâmico assumiu a autoria do incidente.
O apoio público a Merkel aumentou desde que o Reino Unido decidiu se separar da União Europeia em um referendo no dia 23 de junho, o que ajudou a reverter uma queda em sua popularidade causada pela crise de refugiados. Decker disse que uma agressão ao estilo da de Nice em solo alemão poderia anular esses ganhos rapidamente.
"Culpariam Merkel", opinou ele. Ao contrário dos vizinhos França e Bélgica, a Alemanha não foi vitimada por nenhum grande atentado de militantes islâmicos nos últimos anos, embora autoridades de segurança tenham frustrado um grande número de complôs.
Um líder do partido anti-imigrante Alternativa para a Alemanha (AfD) disse que Merkel e seus apoiadores têm culpa pela situação de segurança perigosa porque "suas políticas acolhedoras trouxeram muitos homens muçulmanos jovens, incultos e radicais para a Alemanha".
O imã Arbab Ahmad, cuja mesquita em Wuerzburg fica a cerca de 12 quilômetros do cenário do ataque, disse temer um efeito colateral contra os muçulmanos na esteira da agressão no trem.
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1. Mudança
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1/12 (FABIO MANGABEIRA)
São Paulo – A Letônia é o país que tem as piores condições para receber
imigrantes, segundo o índice
MIPEX, produzido em parceira entre o British Council e a organização europeia para políticas de imigração Migration Policy Group, revisado periodicamente. O
ranking avaliou países europeus, o Canadá e os Estados Unidos. Recentemente, a pesquisa também incluiu o Japão (que ficou em 29º lugar do ranking) e a Austrália (que figurou em quinto lugar). Foram analisados 33 países no total e, por conta desta metodologia, nenhum país da América Latina apareceu no ranking. O estudo aplicou uma nota de até 100 para sete áreas principais: mobilidade no mercado de trabalho, possibilidade de reunir a família no país, educação, participação do imigrante na política, residência de longo prazo, acesso à nacionalidade e políticas contra discriminação. Nenhuma nação alcançou a nota máxima. Confira nas fotos ao lado e confira os piores países para ser imigrante segundo a classificação geral, além da nota em cada um dos critérios estudados.
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2. 33º) Letônia – 31 pontos
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2/12 (Wikimedia Commons)
Mobilidade no mercado de trabalho: 36
Possibilidade de reunir a família: 46
Residência de longo prazo: 59
Políticas contra discriminação: 25
Participação política:18
Acesso à nacionalidade: 15
Educação:17
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3. 32º) Chipre – 35 pontos
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3/12 (Getty Images)
Mobilidade no mercado de trabalho: 21
Possibilidade de reunir a família:39
Residência de longo prazo:37
Políticas contra discriminação: 59
Participação política: 25
Acesso à nacionalidade: 32
Educação: 33
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4. 31º) Eslováquia – 36 pontos
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4/12 (Wikimedia Commons)
Mobilidade no mercado de trabalho: 21
Possibilidade de reunir a família: 53
Residência de longo prazo: 50
Políticas contra discriminação: 59
Participação política: 21
Acesso à nacionalidade: 27
Educação: 24
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5. 30º) Malta – 37 pontos
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5/12 (Wikimedia Commons)
Mobilidade no mercado de trabalho: 43
Possibilidade de reunir a família: 48
Residência de longo prazo: 64
Políticas contra discriminação: 36
Participação política: 25
Acesso à nacionalidade: 26
Educação: 16
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6. 29º) Japão – 38 pontos
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6/12 (Kiyoshi Ota/Getty Images)
Mobilidade no mercado de trabalho: 62
Possibilidade de reunir a família: 51
Residência de longo prazo: 58
Políticas contra discriminação: 14
Participação política: 27
Acesso à nacionalidade: 33
Educação: 19
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7. 28º) Lituânia – 40 pontos
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7/12 (Wikimedia Commons)
Mobilidade no mercado de trabalho: 46
Possibilidade de reunir a família: 59
Residência de longo prazo: 57
Políticas contra discriminação: 55
Participação política: 25
Acesso à nacionalidade: 20
Educação: 17
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8. 27º) Bulgária – 41 pontos
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8/12 (Wikimedia Commons)
Mobilidade no mercado de trabalho: 40
Possibilidade de reunir a família: 51
Residência de longo prazo: 57
Políticas contra discriminação: 80
Participação política: 17
Acesso à nacionalidade: 24
Educação:15
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9. 26º) Polônia – 42 pontos
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9/12 (Wikimedia Commons)
Mobilidade no mercado de trabalho: 48
Possibilidade de reunir a família: 67
Residência de longo prazo: 65
Políticas contra discriminação: 36
Participação política: 13
Acesso à nacionalidade: 35
Educação: 29
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10. 25º) Áustria – 42 pontos
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10/12 (Getty Images)
Mobilidade no mercado de trabalho: 56
Possibilidade de reunir a família: 41
Residência de longo prazo: 58
Políticas contra discriminação: 40
Participação política: 33
Acesso à nacionalidade: 22
Educação: 44
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11. 24º) Suíça – 43 pontos
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11/12 (Mike Hewitt/Getty Images)
Mobilidade no mercado de trabalho: 53
Possibilidade de reunir a família: 40
Residência de longo prazo: 41
Políticas contra discriminação: 31
Participação política: 59
Acesso à nacionalidade: 36
Educação: 45
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12. Agora veja a ponta contrária do ranking
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12/12 (Sean Gallup/Getty Images)