Atentado em Utrecht: prefeito confirma três mortes em ataque (Piroschka van de Wouw/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 18 de março de 2019 às 08h25.
Última atualização em 18 de março de 2019 às 11h23.
Haia e Amsterdam — Pelo menos três pessoas morreram e outras nove ficaram feridas no tiroteio desta segunda-feira, 18, na cidade holandesa de Utrecht, segundo confirmou o prefeito da cidade, Jan van Zanen. A polícia local considera o ataque como "ato de terrorismo".
Segundo testemunhas, um homem sacou uma arma e começou a disparar de forma aleatória e contínua contra quem passava. A polícia local indicou que ele fugiu após a ação, que aconteceu por volta das 10h45 (6h45 no horário de Brasília), e está desaparecido. Ainda não há detalhes sobre o estado de saúde das vítimas.
Equipes de emergência e helicópteros foram ao local do ataque, onde os policiais estabeleceram um cordão de isolamento. O porta-voz da polícia de Utrecht, Joost Lanshage, afirmou que ninguém foi preso até agora. Uma unidade antiterrorismo foi enviada à região.
As autoridades locais recomendaram que as escolas de Utrecht mantenham as portas fechadas e elevaram o nível de ameaça terrorista ao mais alto para a região. A polícia holandesa está em "alerta máximo" para aeroportos e "prédios importantes" do país.
O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, disse que está "profundamente preocupado" com o incidente, e cancelou uma reunião que teria com partidos da coalizão.
O coordenador de contraterrorismo do país, Pieter-Jaap Aalbersberg, ressaltou que uma equipe de crise já está reunida para discutir a situação. "O culpado ainda está foragido. Uma motivação terrorista não está descartada", disse ele.
As autoridades reforçaram a segurança na área do parlamento em Haia e a polícia militar decidiu aumentar a vigilância em áreas como o aeroporto Schiphol de Amsterdã. Além disso, como medida de precaução, todas as mesquitas da cidade foram evacuadas.