Mulher é confortada após identificar corpo do filho em Nairóbi: ataque deixou ao menos 67 mortos (Simon Maina/AFP)
Da Redação
Publicado em 25 de setembro de 2013 às 13h05.
Washington - O grupo islamita da Somália que atacou um shopping no Quênia agiu de acordo com um plano detalhado e antecipadamente escondeu armas no local, segundo funcionários americanos citados pelo jornal The New York Times desta quarta-feira.
Um grupo selecionado de membros do grupo islamita shebab que falava treinou durante semanas antes do ataque.
No sábado, o grupo tomou por assalto o elegante shopping de Westgate, em Nairóbi, armado com granadas e rifles e começou a matar pessoas indiscriminadamente.
O grupo capturou reféns e manteve um confronto com policiais e militares até terça-feira, quando o presidente Uhuru Kenyatta declarou o fim do ataque, que deixou ao menos 67 mortos.
Uma investigação foi iniciada, mas, segundo funcionários da segurança americanos citados pelo New York Times, o ataque foi meticulosamente planejado na Somália.
O grupo possuía esquemas do centro comercial e escondeu de antemão as armas de fogo de grande potência em uma das lojas, talvez com a ajuda de um empregado.
Alguns milicianos aparentemente levaram roupas normais para tirar seus uniformes militares e fugir camuflados de civis.
As agências de inteligência estão à espera de testes de DNA de atacantes capturados ou mortos para confirmar se alguns deles eram dos Estados Unidos, Grã-Bretanha e outros lugares fora da Somália.
Testemunhas citadas pelo Times disseram que ao menos dois dos atacantes eran mulheres, enquanto, segundo outras versões, o grupo pode ter sido liderado pela extremista britânica Samantha Lewthwaite, conhecida como a "viúva branca", uma muçulmana convertida e viúva dos autores dos atentados de Londres em 2005.
Por outro lado, o britânico detido en Nairóbi em função da investigação do ataque não foi considerado de "interesse significativo.
A informação foi dada pelo embaixador Christian Turner, o mais alto representante diplomático britânico no Quênia.
O governo britânico havia indicado anteriormente a prisão de um de seus cidadãos.