Protestos no Cairo: principais grupos opositores negam diálogo com o governo (Peter Macdiarmid/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 5 de fevereiro de 2011 às 12h56.
Cairo e Amã, Jordânia e Egito - Um grupo atacou na manhã deste sábado com explosivos um gasoduto que abastece Israel e a Jordânia, em Sheikh Zuwayed, norte do Sinai, a 10 quilômetros da Faixa de Gaza, informou um dirigente egípcio.</p>
O ataque, interpretado como sabotagem, acontece no momento em que a revolta contra o presidente Hosni Mubarak entra no décimo segundo dia.
A paralisação do abastecimento de gás exportado do Egito custará à Jordânia perdas de 3,5 milhões de dólares por dia, declarou um dirigente jordaniano.
Após a ação, as autoridades egípcias cortaram o abastecimento nas duas seções em em que se divide o duto, uma levando gás à Jordânia e a outra, a Israel.
Com a interrupção, foi contido um incêndio de grandes proporções, cuja fumaça podia ser vista da Faixa de Gaza, a 70 quilômetros do local.
"O gás egípcio cobre 80% das necessidades elétricas da Jordânia" que importa 6,8 milhões de metros cúbicos de gás por dia do Egito.
Israel já havia decicido interromper provisoriamente as importações de gás natural egípcio, após consulta entre o premier Benjamin Netanyahu e o ministro da Infraestrutura do Cairo, Ouzi Landau, em razão dos acontecimentos dos últimos dias, segundo a rádio israelense.
O Egito, que foi o primeiro país árabe a assinar a paz com o Estado hebreu, em 1979, fornece 40% do gás natural consumido por Israel.
No dia 1º de fevereiro, Israel havia dito que se preocupava cada vez mais com o abastecimento proveniente do Egito, em seguida à revolta que abala o país, com quem o Estado hebreu concluiu em dezembro acordos para o fornecimento de, pelo menos, 1,4 bilhão de metros cúbicos.
Com a construção concluída em 2007, o gasoduto submarino, de 100 km encaminha o gás desde Al-Arich até o porto israelense de Ashkelon, perto de Tel-Aviv.