Bagdá - Pelo menos quatro soldados morreram nesta segunda-feira em um ataque de um grupo armado contra um aeroporto militar próximo a Bagdá, enquanto outras 12 pessoas foram assassinadas em outros atos violentos no Iraque, informaram à Agência Efe fontes policiais.

Homens armados bombardearam com bombas o aeroporto na área de Al Taji, 20 quilômetros ao norte da capital, o que causou a morte de quatro soldados e ferimentos em outros quatro, além da destruição de três helicópteros.

As fontes acrescentaram que também foram registrados grandes danos materiais em um edifício próximo à base aérea e, após o ataque, as forças de segurança lançaram uma operação para buscar os responsáveis.

Por enquanto, a autoria do ataque não foi reivindicada, depois que ontem um grupo armado iraquiano formado por homens tribais sunitas ameaçou atacar o aeroporto internacional de Bagdá em um prazo de 24 horas, por considerar que estava sendo utilizado pelo governo para lançar ações contra os opositores.

O governo do xiita Nouri al-Maliki iniciou há dois meses uma ofensiva para expulsar os extremistas da província ocidental de Al-Anbar e mantém confrontos com estes grupos nas cidades de Ramadi e Faluja, localizadas nessa área de maioria sunita.

Por outra parte, quatro pessoas morreram e três ficaram feridas após o impacto de uma bomba contra uma área residencial na área de Nuaimiya, no sul da cidade de Faluja.

Na cidade de Zeidan, também em Al-Anbar, homens armados não identificados abriram fogo contra o automóvel de um civil conduzido por um funcionário da polícia, que acabou morto.

Além disso, quatro civis morreram e três sofreram ferimentos após a explosão de uma bomba no mercado popular de Al Rashidiya, no norte de Bagdá, e outro civil perdeu a vida em um fato similar na zona de Hit, ao oeste de Ramadi.

Um membro das milícias pró-governo Conselhos de Salvação morreu na explosão de uma bomba perto de um posto de controle pertencente a esse grupo na área de Hor Rajab, no sul de Bagdá.

Um oficial do Exército morreu e outro soldado ficou gravemente ferido por disparos de desconhecidos perto da cidade de Kirkuk, ao norte de Bagdá.

O Iraque enfrenta um aumento da violência confessional e dos atentados terroristas, que causaram no ano passado a morte de mais de 8.860 pessoas, das quais 7.818 eram civis, segundo uma apuração das Nações Unidas.