Na semana passada o primeiro-ministro disse não ter intenção de pedir a antecipação das eleições (David Buimovitch/AFP)
Da Redação
Publicado em 3 de abril de 2012 às 21h28.
Jerusalém - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta terça-feira que Israel ''atacará quem o ameaçar'', em uma entrevista coletiva dada em função do início de seu quarto ano de governo.
''Atacaremos quem ameaçar nos atacar'', disse Netanyahu. O chefe do governo falou ainda que Israel enfrenta hoje quatro ameaças: ''um Irã nuclear, foguetes, a guerra cibernética e as fronteiras''.
De acordo com os sites dos jornais ''Ha''aretz'' e ''Yedioth Ahronoth'', o pronunciamento do premiê fez alusão não só ao Irã, mas também aos grupos armados em Gaza.
Na revisão dos seus primeiros três anos de governo, o primeiro-ministro deu destaque aos aspectos econômicos de sua gestão. De acordo com a apresentação, nesse período o governo ''realizou uma série de reformas e grandes mudanças estruturais que ajudaram a economia a crescer, reduziram as disparidades sociais e contribuíram para que Israel superasse a dura crise de 2008 e 2009''.
O escritório do primeiro-ministro também produziu um vídeo citando a redução do desemprego para cerca de 5,5%, a melhoria na classificação de risco de Israel pelas agências internacionais e as medidas introduzidas para impedir altas na gasolina e eletricidade.
As reformas sociais iniciadas também foram enfatizadas. No ano passado, uma série de manifestações populares levou à redução de impostos às famílias trabalhadoras com filhos, como forma de fortalecer a classe média. ''Após três anos, posso dizer que esta árvore (Israel) é notavelmente forte e está crescendo para dar frutos'', insistiu.
O evento realizado pelo premiê pode ser interpretado como o começo da campanha para as próximas eleições, previstas para antes de fevereiro de 2013, quando ele conclui seu mandato.
Na semana passada o primeiro-ministro disse não ter intenção de pedir a antecipação das eleições. As últimas enquetes realizadas no país garantem a Netanyahu um segundo mandato com uma coalizão parecida com a atual, que une os partidos ultra-ortodoxos e da direita mais nacionalista.