Artan: o presidente eleito Trump avaliou no Twitter que o autor do ataque, um "refugiado somali", "nunca deveria ter estado no nosso país" (Reuters)
AFP
Publicado em 30 de novembro de 2016 às 21h08.
O estudante somali que feriu onze pessoas em Ohio não tinha "vínculos diretos" com grupos terroristas, mas se "inspirou" em um líder da Al Qaeda e no grupo extremista Estado Islâmico, informaram as autoridades americanas nesta quarta-feira.
Embora Abdul Razak Ali Artan tenha mostrado seu apoio aos islamitas radicais em sua página no Facebook, "por enquanto não encontramos vínculos diretos com nenhuma organização terrorista", disse o secretário de Segurança Interior, Jeh Johnson.
O estudante tampouco teria comunicado diretamente com estas organizações. "Nossas informações nos fazem pensar que é o ato de alguém que se auto-radicalizou", explicou.
Artan se "inspirou em (o ex-recrutador da Al Qaeda) Anwar al-Awlaki e no Estado Islâmico", disse a representante do FBI Angela Byers durante coletiva de imprensa em Ohio.
Na segunda-feira, Abdul Razak Ali Artan atropelou com um carro e atacou com uma faca 11 pessoas na Universidade Estadual de Ohio (OSU), na cidade de Columbus, sendo executado logo depois pela polícia.
O presidente eleito Donald Trump avaliou nesta quarta-feira no Twitter que o autor do ataque, um "refugiado somali", "nunca deveria ter estado no nosso país".
As autoridades não qualificaram este ataque de "terrorista", mas na terça-feira, a agência de propaganda do grupo Estado Islâmico, Amaq, disse que o atacante era um "soldado" do movimento extremista.
"Executou a operação em resposta ao chamado de atacar cidadãos dos países que fazem parte da coalizão internacional" que combate o EI, reportou a Amaq, citando uma fonte do grupo.
Ohio reúne a segunda maior comunidade somali dos Estados Unidos, com 38.000 membros só em Columbus. É superada por Minnesota, onde um de seus membros esfaqueou dez pessoas em um centro comercial em setembro passado.