Destroços do voo MH17: convenções da ONU proíbem o uso de armas químicas e minas terrestres e regulam sua destruição (Antonio Bronic/Reuters)
Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2014 às 10h07.
Genebra - A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), órgão que representa companhias aéreas globais, quer que a ONU regule armamentos antiaéreos de maneira similar a armas químicas, depois que um avião comercial foi derrubado sobre a Ucrânia neste ano.
"Estamos fazendo um apelo para que a Organização de Aviação Civil Internacional trabalhe dentro da estrutura da ONU para incluir o desenvolvimento, a fabricação e o uso de armas com capacidades antiaéreas em lei internacional", disse o diretor-geral da Iata, Tony Tyler, em entrevista coletiva nesta quarta-feira, se referindo à agência de segurança de aviação da ONU.
Ele descreveu a derrubada do MH17, um Boeing 777 da Malaysia Airlines, sobre o leste da Ucrânia como um "ultraje" e disse que o fato de que armas poderosas estão agora nas mãos de entidades que não são Estados levantou uma nova ameaça com a qual o setor das companhias aéreas precisa lidar.
Investigadores holandeses estão tentando reconstruir os destroços do MH17 para determinar o que exatamente derrubou o avião, causando a morte de todas as 298 pessoas a bordo. Convenções da ONU proíbem o uso de armas químicas e minas terrestres e regulam sua destruição.
Tyler disse que alcançar algo similar para armas com capacidades antiaéreas levará tempo. "Mas isso deve ser perseguido." (Por Tom Miles e Tim Hepher)