Chris Cox acusou Obama de explorar o massacre na escola primária de Newtown - onde 20 crianças e seis adultos foram mortos - para obter benefícios políticos (REUTERS/Jason Reed)
Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2013 às 19h39.
A Associação Nacional do Rifle (ANR) abriu nesta sexta-feira sua convenção anual, em Houston (Texas), acusando o presidente Barack Obama de explorar o massacre na escola de Newtown com objetivos políticos.
No início do encontro de três dias, que reúne mais de 70 mil membros da organização de defesa do direito de posse de armas de fogo nos EUA, o principal lobista da NRA, Chris Cox, acusou Obama de explorar o massacre de dezembro passado - quando 20 crianças e seis adultos foram mortos em uma escola primária de Newtown, Connecticut - para obter benefícios políticos.
"Somos os pais e as mães, filhos e filhas da Associação Nacional do Rifle - e queremos evitar Newtown, não nos aproveitar disto", disse Cox sob um longo aplauso.
"É isto que nossos adversários fazem. Utilizam a tragédia para restringir a liberdade individual- e depende de nós detê-los. Somos a maior esperança de liberdade, seu maior Exército e seu futuro mais brilhante", afirmou Cox.
Como prévia do discurso que fará no sábado, o diretor-executivo da NRA, Wayne LaPierre, denunciou "um esforço vicioso para atacar a Segunda Emenda (da Constituição) e demonizar os proprietários legais de armas".
"Mas foi a ANR que deu um passo em busca de soluções significativas que realmente ajudem as pessoas a ficar mais seguras", incluindo a proteção das escolas da mesma maneira que "protegemos nossas joalherias e estádios esportivos", com guardas armados, disse LaPierre.
Os críticos da NRA, uma das organizações lobistas mais poderosas do país, têm se manifestado em Houston para lembrar as mais de 30 mil mortes anuais relacionadas ao uso de armas de fogo nos Estados Unidos.
Os manifestantes leram em voz alta os nomes de 4 mil vítimas da violência armada desde o massacre de Newtown.